Fair Play Financeiro? Botafogo x sofistas. A busca pela verdade!  

Fair Play Financeiro? Botafogo x sofistas. A busca pela verdade!  
Vitor Silva/Botafogo

Na Grécia antiga, Sócrates dedicou-se a questionar as “pessoas de saber” em busca do verdadeiro conhecimento e da sabedoria. Sua conclusão, carregada de ironia, era que aqueles considerados mais sábios se baseavam apenas no senso comum, sem nada de extraordinário, originando a célebre frase: “só sei que nada sei”. Embora seu nome tenha ecoado por milênios, algumas ideias de seus antagonistas, os Sofistas, parecem ter um impacto maioratualmente. Eles defendiam que não existia uma verdade absoluta, apenas percepções individuais, e valorizavam a retórica como uma ferramenta para impor suas próprias verdades, vendendo seus ensinamentos de “como ganhar discussões” a peso de ouro, especialmente para políticos, quase como um precursor do “coaching”.

Passados 2.500 anos, vemos tentativas cada vez mais baixas de impor narrativas. Recentemente, após o Botafogo golear por 4×1 seu rival da lagoa, houve uma articulação em torno do “fair play financeiro”, envolvendo imprensa, influenciadores e dirigentes, todos com o mesmo discurso alinhado. Ironicamente, essa campanha partiu de um clube que, nos últimos três anos, arrecadou mais na linha “broadcast” do que a receita bruta do Botafogo SAF. No auge do desespero, chegaram a afirmar que a folha salarial do Botafogo era maior que a deles, enquanto, no mesmo dia, assinavam 03 contratos com salários de praticamente 2M/mês, incluindo uma contratação de R$ 100 milhões.

Paralelamente, menos de 12 horas após a goleada, uma reportagem surgiu focada no passado de John Textor, dando a percepção que os dados foram selecionados para reforçar a narrativa desejada pelo autor, um torcedor fanático do rival. Fatos, como decisões judiciais, que pudessem contrariar essa narrativa foram convenientemente omitidos, mas o estrago inicial já estava feito. Na era das redes sociais, onde narrativas se espalham rapidamente, a verdade se torna um detalhe secundário. Em resposta, além do processo judicial, veio a notícia do IPO da Eagle na Bolsa de NY, que exige uma auditoria rigorosa e transparência completa do negócio. Outro portal, também processado, teve quase 40 matérias/colunas atacando Textor e o Botafogo em apenas oito meses de 2024, levando à acusação de um ataque coordenado.

Quem acompanha o Botafogo há algum tempo já conhece uma verdade incontestável: a imprensa paulista é bairrista, a mineira é bairrista, a gaúcha é bairrista e a carioca é flamenguista.

Esses sofistas de quinta categoria não irão impor suas narrativas. E, talvez, por isso, terão que compreender a ascensão do Botafogo: Por que uma SAF de 30 meses, em um clube que estava à beira da falência, nos incomoda tanto? Por que, em ano de eleição na Gávea, esses caras, sem receita bilionária, ousam meter 4×1 na gente com o freio de mão puxado? Por que se atrevem a eliminar o nosso super verdão e brigar de novo pelo título? Deve ser “fair play”.

Por que? Por que? Por que?

Relembrando o Cel. Nathan (Jack Nicholson) em “Questão de Honra”:

“Vocês querem a verdade?…

Vocês não aguentam a verdade!”!”

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