Na Copa do Mundo de 2006, dias antes da estreia da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira foi perguntado sobre seu papel no grupo. O treinador disse que era “apenas um gestor de talentos”. Errou feio. Abriu mão dos trabalhos táticos que tanto foram decisivos em, 1994 e o fim todos sabemos, o chamado quarteto mágico fracassou e caiu nas quartas de final para a França. Parreira não soube treinar naquele ano e muito menos gerir. Mas não estava de todo errado. Quando se tem um grupo bom, o comandante precisa fazer a gestão de talentos. Artur Jorge sabe que precisa disso e vem fazendo bem no Botafogo. Mas vai precisar evitar que dois talentos virem problemas.
Me refiro ao goleiro Gatito Fernández e ao zagueiro Adryelson. São hoje dois reservas de posições que costumam ser chamadas quando algum titular dá problema. Jamais vão reclamar de não jogarem, pois são atletas de grupo e gostam do clube. Mas Artur Jorge vai precisar encontrar um jeito de colocá-los em campo.
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Falo isso porque em algum momento até o fim da temporada os dois serão acionados e precisam estar em ritmo de jogo. John pode ser suspenso em alguma situação e isso pode acontecer em um jogo importante. Neste caso, teremos um goleiro frio em campo? Gatito não estava confiável de fato quando perdeu a posição e hoje John é titular com justiça. Mas o Paraguaio voltou a ter ritmo nos Jogos Olímpicos e msotrou como isso fez bem nos jogos contra Uruguai e Seleção Brasileira pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Portanto, deveria ser usado em algumas partidas, como diante do Grêmio ou até mesmo neste clássico com o Fluminense.
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Adryelson também deve entrar em alguns jogos
Adryelson é outro que vai ser chamado. Quando a falsa informação sobre a suspensão de Bastos contra o São Paulo chegou aos torcedores veio uma preocupação. Afinal de contas, como seria no Morumbis? Adryelson vem de um período de férias, pré-temporada e alguns minutos em campo na estreia do Lyon no Campeonato Francês. Precisa de mais. Sugiro que Artur Jorge o coloque em campo em alguns jogos, nem que seja no decorrer deles.
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Trata-se de situações que Artur Jorge vai precisar administrar. Trata-se de um dupla de jogadores experientes. Temos hoje um Botafogo com bons problemas e esses dois são problemas muito interessantes de se gerir.
