Ednaldo Rodrigues é na minha humilde opinião, e se formos analisar vários dados, um dos piores presidentes da história da CBF. Ninguém mais curte ver jogos da Seleção Brasileira, o Brasil perdeu credibilidade internacional, a arbitragem do país é um caos, o VAR caiu no ridículo e os campeonatos só funcionam um pouco melhor por conta da interferência dos clubes. Assim fiquei muito triste em ver o Botafogo sendo um dos clubes que assinou apoio na chapa única que definirá a reeleição desta gestão caótica, de ações negativas. Mas será que o Botafogo acertou ou errou? Para responder essa questão é preciso analisar o cenário de coisas reinantes.
Para lançar candidatura, é necessário contar com pelo menos quatro federações e quatro clubes das Séries A e B. Isso é apenas o apoio mínimo para se lançar, sem nenhuma garantia de vitória. Ronaldo Fenômeno, por exemplo, desistiu porque sabia que ia perder neste ambiente contaminado do atraso. Basta analisarmos que teremos uma eleição de chapa única, algo que é péssimo em qualquer sistema democrático. Será que o futebol brasileiro está tão bem?
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Voltando ao Botafogo. Se o clube não apoia, automaticamente passa a ser considerado oposição. Fato que poderá gerar ainda mais problemas para o clube ao longo da temporada. John Textor afirmou que Ednaldo está ciente da necessidade de mudança no futebol. Talvez isso de fato tenha mudado.
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Sendo justo na análise, se tem algo que Ednaldo parece ter de positivo é que está cada vez mais deixando de lado a gestão dos campeonatos. Não deve oferecer muita resistência a um cenário com os clubes sendo os donos do Campeonato Brasileiro, por exemplo. Isso é um pulo para os clubes, muito em breve, administrarem tudo, inclusive receitas e arbitragem. Aí começaremos a ter um cenário semelhante ao europeu.
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Uma prova deste movimento de Ednaldo é a visível neutralidade dele no episódio envolvendo gramados sintéticos. Também não parece ser muito adepto de um debate de fair play financeiro para não gerar desgaste.

Em tempos de SAFs e dirigentes mais profissionais nos clubes, o espaço para dirigentes como Ednaldo parece diminuir ou se limitar a gestão de seleções. Assim o Botafogo, mesmo que não sendo agradável falar isso, não errou ao colocar o nome naquela lista.