Acho engraçado a choradeira do calendário do futebol brasileiro em alguns momentos. O problema é antigo e sempre afetou os times com menos capacidade de investimento. Hoje com um plantel recheado, o Glorioso já sofreu com isso recentemente e tinha que engolir muitas vezes respostas atravessadas da mídia e dos rivais. Portanto, não venham tratar o atropelamento de domingo no Estádio Nilton Santos como m duelo entre titulares e reservas ou força máxima e poupados.
Primeiro de tudo, vamos esclarecer que o Flamengo poupou apenas De La Cruz. Arrascaeta se machucou no começo do jogo. Assim como Maicosuel e Reinaldo se machucaram no primeiro jogo da final do Estadual em 2009 e na época se falou que era preciso ter elenco. Pedro e Gabriel Barbosa também estão na lista de lesionados e Pulgar estava suspenso, assim como Marçal, por exemplo. Se Gérson foi sacado no intervalo é porque Tite entendeu que o time dava conta sem ele ou porque pensou alguma estratégia que ninguém entendeu. Fabrício Bruno, David Luiz, Rossi, um dos melhores em campo, e Bruno Henrique, por exemplo, não são importantes?
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Vamos lembrar ainda que o Botafogo perdeu Damián Suárez há pouco tempo e entrou em campo com oito desfalques, sendo alguns deles do nível de Eduardo e Júnior Santos, apenas o artilheiro do time até se lesionar.
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Disputar competições exige elenco
Disputar competições exige ter elenco. O que não podemos aceitar é que esse argumento sirva apenas quando um ou outro time tem elenco. Desde a Copa América que a choradeira é a mesma. Portanto, é preciso ter o bom senso que, dessa vez, boa parte da mídia vem tendo.
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O Botafogo não tem culpa do elenco que montou e muito menos da falta de sorte do rival. Não tem culpa que Bruno Henrique provocou e não conseguiu garantir a provocação até o fim. Não tem culpa de trabalhar com seriedade e encarar um clássico que valia a liderança do Campeonato Brasileiro com a importância que ele tinha. Ganhou quem jogou mais, tinha mais elenco e foi competente. Hoje o Botafogo é o dono do discurso do “tem que ter elenco”. O resto é choradeira do Bruno Henrique.
