Acompanhei as notícias dando conta do interesse dio Cruzeiro em Júnior Santos. As cifras faladas. A suposta irritação do jogador com a recusa botafoguense. O desmentido de John Textor. Já sabemos que não vai ter conversa. O jogador seguirá no Alvinegro. Mas é importante analisarmos as várias faces dessa negociação em uma semana que o jogador foi determinante na classificação na Copa do Brasil.
Em primeiro lugar nenhuma crítica a quem deu a notícia. Acredito que tenha as suas fontes e não quero entrar neste mérito. Mas gostaria de falar sobre a falta de entendimento que o mercado e até mesmo parte da imprensa têm do Botafogo. Está cada vez mais complicado de entender que o clube de hoje não tem mais nada a ver com o clube antes de 2021. Acho que é um trabalho que esta turma deveria tentar compreender.
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Antes da SAF Júnior Santos teria deixado o Botafogo nas primeiras atuações boas. O clube receberia uma paçoca, daquelas secas, e duas mariolas vencidas. Seus dirigentes diriam publicamente que estava difícil manter o jogador insatisfeito e que o melhor caminho para não perdê-lo de graça seria as paçocas e as mariolas. Mas isso mudou.
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Não sei se por desespero, ou por clubismo, ou por interesses desconhecidos, algumas pessoas do mercado insistem em não ver esta realidade botafoguense. Falo de empresários. Já a imprensa, talvez por não entender ainda há mudança, embarca nessas situações.
Projeto vale R$ 27 milhões?
Ainda em relação ao caso. Vamos lá: Júnior Santos vive o auge da carreira, está em um clube que tem estabilidade e briga por três títulos na temporada. Mas vai deixar isso tudo de lado por uma aventura. Além disso o Botafogo aceitaria isso tudo por R$ 27 milhões. Será que este valor é suficiente para Textor abrir mão de um projeto maior? O próprio empresário já respondeu.
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Sugiro que da próxima vez o mercado venha com cifras mais altas. Naqueles padrões que os clubes preferidos da grande mídia negociam seus jogadores nas manchetes de portais e nas chamadas da televisão. Pois do contrário, não vai emplacar.
