O Botafogo perdeu para o Flamengo na noite de quarta-feira. A péssima arbitragem do clássico chamou atenção e contribuiu muito para as cenas lamentáveis que vimos após o confronto. Mas o Glorioso acabou, mesmo que sem querer, escancarando o lado mais desprezível do futebol. Falo dos jogadores que se fazem de santos e são de conduta nada profissional na forma de falar ou de se comportar em campo. Alguns atletas flamenguistas tiveram comportamento desprezível.
Léo Ortiz não se enquadra no que se faz de santo, mas deu uma das entrevistas mais patéticas da história do futebol na saída de campo, ao Premiere. Algo que seu staff deveria guardar para mostrar a ele como não se comportar diante da imprensa e principalmente dos torcedores, pois a entrevista é o momento de comunicação entre atleta e torcida.
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Ele inicia a conversa dizendo que não viu a origem da confusão: “Não vi muito, porque estava do outro lado, sentindo câimbra, abaixei, já tinha começado a confusão.”. Mas mesmo assim se sentiu no direito de fazer acusações. Sabemos quem começa a confusão sempre. Não preciso falar especificamente, dar nome, mas é sempre a mesma pessoa. Só isso que tenho a falar. Todo jogo é o mesmo cara que começa desde o início, pega fora da bola, arruma confusão dentro do jogo, empurra, dá soco, e nunca é punido. Ou é punido depois dos 30, ou 40 (minutos). Para bom entendedor, basta isso que falei. Todo mundo sabe, não precisa dar nome – disse ele.
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Barboza foi o único culpado?

Ortiz não foi homem suficiente para acusar, deixou insinuações no ar, algo que não combina com um profissional sério. Além disso, esqueceu que o Flamengo gerou tumulto depois dos 4 a 1 do ano passado e também foi seletivo ao falar da confusão, ignorando o sangue na camisa de Barboza.
– Isso eu não vi. Acredito que no meio da confusão, da troca de braços, deve ter sobrado um braço para cima dele. Não sou inspetor criminal. Vocês têm que ver as câmeras, têm mais câmeras que eu para saber – disse ele.
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Se Alexander Barboza não é santo, outro jogador do Flamengo então é menos ainda. Bruno Henrique tem um jeito provocador dentro de campo, fingindo cotoveladas, procurando gerar a expulsão dos adversários. Portanto, se teve confusão é por parte dos dois lados. Não adiante e nem é bonito se fingir de santinho e acusar o outro apenas. Se é um grande zagueiro, Léo Ortiz também precisa aprender a ser uma pessoa melhor na hora de dar opiniões. Por enquanto exibiu um dos lados mais desprezíveis do futebol.