Botafogo já teve erro de direito em clássico. Mas não usou

Gol anulado de Túlio contra o Vasco em 1994

Essa semana teve quem ventilasse, sem razão, a possibilidade de um erro de direito contra o Mirassol no empate por 3 a 3 com o Botafogo. Parte da mídia, mostrando certo desconhecimento, tentou emplacar essa para colocar ainda mais gasolina no momento botafoguense. Mas valeu pelo menos para relembrarmos um episódio em que o Botafogo teve um erro de direito a seu favor.

O ano era 1994 e o Botafogo lutava para ser o único carioca a conseguir vaga nas quartas de final do Campeonato Brasileiro. Restavam três jogos para o fim da disputa e o Glorioso precisava de sete pontos para se classificar. Assim em uma quarta-feira à noite enfrentou o Vasco no Maracanã com o rival já eliminado.

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O Botafogo dominou o jogo inteiro, mas não conseguiu fazer o gol. Entretanto não foi bem assim. O gol saiu. Mas não foi validado. Após cobrança de escanteio, Sérgio Manoel desviou e Túlio Maravilha completou para o gol. O árbitro Jorge Travassos marcou impedimento, mesmo com o volante Viana dando condições dentro da pequena área. Além disso Travassos não percebeu que o assistente validou o gol. Abaixo reportagem do Globo Esporte da época.

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Botafogo poderia ter anulado clássico

Após a partida Jorge Travassos conversou com o assistente e chegou a conclusão de que havia cometido um erro capaz de anular a partida, que terminou 0 a 0. Assim o Botafogo passou a ter um erro de direito a seu favor. Além disso teria 20 dias para ingressar no STJD e pedir a anulação do jogo, fato que lhe seria dado com certeza.

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Restavam dois jogos. O Botafogo, que tinha conseguido um ponto no empate com o Vasco e dependia apenas de si. Mas precisava de mais duas vitórias para garantir a vaga. Ia receber o Grêmio em Caio Martins e visitar o Internacional no Beira-Rio. Na ocasião o Glorioso venceu as duas partidas por 1 a 0. Assim se classificou sem precisar anular o clássico. Para os péssimos jornalistas de agora, aquilo sim foi um erro de direito.

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