O Botafogo e o Palmeiras são dois clubes que estão defendendo o uso do gramado sintético no Brasil. Vários clubes são contra, assim como atletas, na maioria veteranos, se posicionaram. Alguns, como Neymar, eu nem lembrava que ainda jogavam bola. Mas as palavras da presidente do clube palmeirense, Leila Pereira, descrevem bem a hipocrisia que vem tomando conta do futebol brasileiro quando se trata deste assunto, que já foi tema neste espaço tamanha a quantidade de fake news sobre o tema.
Leila, que ironizou os jogadores que assinaram o manifesto contra o gramado sintético, lembrou do estudo feito pela CBF que mostra que não há comprovação de danos deste tipo de gramado para a carreira dos atletas. Deve ser o mesmo estudo que a Fifa usou para autorizar a grama sintética.
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A dirigente palmeirense foi ainda mais feliz ao lembrar os danos causados pelos pastos que encontramos pelo Brasil. Mas que parecem não incomodar os atletas.
– Foi falado sobre o gramado sintético, o doutor (Jorge) Pagura fez uma bela apresentação, era o estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta. Mas não houve votação se o gramado sintético sai, houve um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar nesse assunto e chegar a uma conclusão onde todos os clubes sejam atendidos. Porque, gente, o problema é o seguinte: não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira, é muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural – explicou Leila.
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Mesmo com o estudo da CBF e com a Fifa autorizando seu uso, alguns clubes querem montar uma comissão para tratar do assunto. Além disso, outra comissão vai falar sobre fair play financeiro. Pelo visto o Botafogo segue incomodando muito a quem domina os bastidores do futebol brasileiro.
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Se com o tempo teremos o fair play financeiro ou se vamos conviver com o fim dos gramados sintéticos em nome de pastos como Moça Bonita, apenas o futuro vai dizer. Mas que está ficando feio para alguns sim. Neste episódio, ponto para Leila Pereira.