CBF consegue o impossível ao prejudicar o Botafogo: tirar a credibilidade do vídeo

Caio Alexandre - Botafogo x Internacional - Campeonato Brasileiro 2020
Vitor Silva/Botafogo

Contra uma imagem não há argumentos. Ela está ali para todo mundo ver. Isso faz do VAR algo reconhecido mundialmente. Teoricamente veio para resolver muitas injustiças. Me lembro de quantos campeonatos teriam tido um fim diferente se o árbitro de vídeo existisse e funcionasse. Como o gol de Dodô na decisão do Carioca de 2007 ou histórica semifinal da Copa do Brasil do mesmo ano com o Figueirense. Se o VAR existisse talvez o time do Cuca tivesse tido muito mais reconhecimento do que teve. Mas infelizmente, ao prejudicar o Botafogo da forma como vem prejudicando, a CBF conseguiu o que parecia impossível: tirar a credibilidade do vídeo.

A postura de quem assiste aos jogos e precisa interferir no processo tem sido incoerente. Anular o gol contra o Internacional por conta de um lance que não deveria ser abordado pelo VAR é muito grave. Tão grave que deveria ser considerado erro de direito, ou seja, aquele capaz de anular o resultado de um jogo. No ano passado, contra o Palmeiras, o VAR já cometeu o mesmo erro de direito e o Botafogo foi prejudicado. O árbitro recomeçou o jogo e depois o interrompeu para dar uma penalidade para o Palmeiras.

Jogo contra o Inter tinha que ser anulado

Árbitro Thiago Duarte Peixoto - Botafogo x Internacional
Árbitro Thiago Duarte Peixoto estragou Botafogo x Internacional

O raio caiu duas vezes no mesmo lugar. Aliás, caiu duas, três, quatro vezes ou até mais. Os critérios adotados nos filmes são diferentes, mas o ator é sempre o mesmo: o Botafogo. E esse tipo de filme já perdeu a graça.

É difícil e leviano acusar de má fé os autores desses erros. Mas é mais complicado ainda acreditar que é sempre uma coincidência. Mal começamos a competição e o Botafogo já chega aquele estágio em que podemos fazer uma pontuação normal e uma pontuação tirando os erros do VAR. A diretoria está certa em reclamar na CBF. Só não sei se vai adiantar alguma coisa. Pois como prefiro sempre acreditar na boa fé das pessoas, com este nível de erro vai ser difícil tornar essa turma competente de uma hora para outra.

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