Luís Castro foi um? Botafogo deu vários chapéus nos anos 80 e 90

Luís Castro foi um? Botafogo deu vários chapéus nos anos 80 e 90
Reprodução/Twitter (@FFERJ)

A imprensa vem tratando de chapéu no Corinthians a contratação de Luís Castro pelo Botafogo. Mas independentemente dela se concretizar ou de o Timão ter jogado pesado, a tendência é de o Glorioso voltar ao mercado de maneira agressiva. Algo que a gente não via há muito tempo. Entretanto isso não é novidade em General Severiano. Embora os mais jovens não se lembrem, o Botafogo deu alguns chapéus famosos em rivais nos anos 80 e 90.

Naquela época o mecenas não era estrangeiro, como John Textor. Tratava-se de Emil Pinheiro, um dos principais banqueiros do jogo do bicho no Rio de Janeiro. Fanático pelo Alvinegro, ele foi vice-presidente de futebol e até presidente do clube. O Flamengo era uma de suas principais vítimas.

Lembro quando Renato Gaúcho e Bujica ficaram insatisfeitos no Flamengo e queriam deixar o clube, mas não encontravam “compradores” por conta do alto valor dos passes, na época fixados nas federações locais. Emil não teve dúvidas e os tirou da Gávea. A estreia, em um domingo chuvoso, foi contra o próprio Flamengo, um empate sem gols, mas com os torcedores alvinegros provocando os rivais: “Com Renato, com Bujica, o Flamengo vai sentar na minha p….”.

Bannder da loja do FogãoNET

Fernando Macaé mudou de ideia em um almoço

Emil Pinheiro mudou o Botafogo no fim do século XX (Foto: Reprodução/Youtube)

O Botafogo deu ainda outros dois chapéus históricos no Flamengo. O primeiro foi Fernando Macaé, habilidoso atacante que estava de saída do Bangu para a Gávea. Pela manhã foi apresentado no Flamengo, mas não assinou contrato, o que faria à tarde. Na hora do almoço passou em casa e lá estava Emil Pinheiro. O dirigente confidenciou como se deu a transação.

– Quer jogar no Botafogo meu filho? Te ofereço X – disse Emil, que havia levado inclusive flores para a esposa de Macaé como cortesia.

– Seria um prazer, mas já fui para o Flamengo – respondeu Macaé.

– Assinou contrato? – Perguntou Emil.

– Não – respondeu Macaé.

– Então você não foi ainda para o Flamengo. Assina aqui – disse Emil, que apresentou Fernando Macaé à tarde no Botafogo, para desespero dos dirigentes do Flamengo.

Naquele período Emil, de uma só vez, tirou do Bangu Paulinho Criciúma e Mauro Galvão, destaques na conquista do título carioca de 1989, que marcaria o fim do jejum. Há quem diga que a negociação foi uma perda de aposta de Castor de Andrade, então presidente do Bangu e que também era bicheiro.

Flamengo ‘descobriu’ Carlos Alberto Dias

Carlos Alberto Dias, o último agachado, foi herói em 1990

Carlos Alberto Dias era o grande nome do futebol paranaense em 1990, quando o Flamengo o trouxe ao Rio de Janeiro para assinar contrato. O clube da Gávea teria pago inclusive a passagem dele, segundo alguns jornalistas da época. Mas não mandaram representantes ao aeroporto.

Sabendo da chegada de Carlos Alberto Dias, Emil foi ao aeroporto já com o passe dele comprado e o levou para o Alvinegro. Quis o destino que sua estreia fosse em uma vitória de 2 a 1 sobre o Flamengo. Ele foi autor do gol do título carioca de 1990 em final com o Vasco. Mas será que esses tempos voltarão?

Fonte: Redação FogãoNET

Comentários