Tenho acompanhado discussões na internet e na imprensa sobre o desempenho do Botafogo na vitória sobre o PSG. Vários esperavam ou torciam por uma vitória francesa. Depois disso muitos enalteceram o Glorioso. Não dava para fazer muito diferente. Entretanto com ressalva: o Botafogo só se defendeu. Má-fé ou distração?
Tanto faz para mim. Mas falar isso é desconhecer o que foi a partida do Glorioso. Alguns chegaram ao ponto de dizer que o Botafogo só deu um chute a gol, que acabou com o tento anotado pelo atacante Igor Jesus. É isso mesmo?
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Apenas para citar dois lances botafoguenses, Artur deu um chute a gol defendido por Donnarumma no começo do jogo. O goleiro italiano voltaria a salvar sua meta em uma cabeçada de Savarino, que se tivesse pegado melhor na bola, teria facilmente ampliado no segundo tempo. Os lances foram esquecidos pelos que fizeram esta análise?
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Botafogo sofreu massacre do PSG?
E o PSG massacrou o Botafogo? Não, os franceses não conseguiram fazer a tradicional troca de passes que enlouqueceu recentemente Internazionale e Atlético de Madrid. Assim abusaram das jogadas aéreas, facilmente neutralizadas por Jair, Alexander Barboza e, em última instância, John.
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Mesmo que tivesse se defendido 90 minutos e dado um chute a gol, o Botafogo teria méritos. Ano passado quase perdeu o Brasileirão porque não conseguiu fazer um gol contra o Cuiabá, por exemplo, em um empate sem gols no Estádio Nilton Santos. Até onde eu sei, o que define o ganhador é o número de bolas colocadas na rede adversária.
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O Botafogo conseguiu neutralizar o PSG em sua maior força, ter fôlego para dar estocadas, algumas certeiras, e forçar o adversário a cometer erros que normalmente não cometem. O técnico Luis Enrique e os atletas rivais inclusive reconheceram isso tudo. O resto é conversa fiada.
