O Botafogo vem recebendo uma chuva de críticas pela demora na busca de um novo técnico. Muitos citam o impacto que isso gera na temporada. Até mesmo a derrota na Supercopa do Brasil ganhou contornos de fim do mundo para parte da mídia por conta da falta de agilidade na reposição da saída de Artur Jorge. Mas o grande erro do Botafogo na busca do seu técnico não está no tempo que vem sendo gasto. O processo adotado por John Textor tem se mostrado eficiente, se analisarmos que resultou em Luís Castro e depois em Artur Jorge. A questão está na falta de alguém de bom nível para tocar o elenco até o desfecho da seleção.
Quando Luís Castro abandonou o barco, em 2023, o Botafogo demorou algumas semanas para contratar. Mas naquela ocasião tinha Cláudio Caçapa na beira do campo e ele deu conta do recado. Não mexeu no que vinha dando certo. Chegando em 2024, Tiago Nunes, que foi contratado às pressas e isso mostra que a rapidez na tomada de decisões nem sempre é boa qualidade, caiu. O Botafogo não agiu rapidamente no mercado. E olha que tinha uma pré-Libertadores com direito ao Bragantino pelo caminho. Fabio Matias não só deu continuidade no que vinha dando certo, como conseguiu perceber o que vinha dando errado.
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Em ambos o caso o processo de busca de um treinador não gerou desgastes porque quem estava na função estava conseguindo dar conta do recado. O time vinha entregando mais do que o mínimo necessário.
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Botafogo precisa de um bom técnico interino

Atualmente o cenário botafoguense é bem diferente. Com todo respeito a Carlos Leiria, ele não tem a menor condição de dirigir um time principal do Botafogo. Pelo menos não neste momento de sua carreira. É injusto até com ele.
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Se o Botafogo consegue fazer em um jogo aquilo que já vinha fazendo, como foi contra o Fluminense, em uma vitória no estilo 2024, tudo bem. Mas se o adversário exige muito mais ou força variações, como aconteceu com o Flamengo, não existe condições para isso no banco de reservas do Botafogo.
O problema do Botafogo não é a demora na busca de um novo treinador. Mas sim em não tem alguém hoje em condições de dirigir o time. Algo que preciso ser inclusive revisto, de olho também em futuras situações.