John Textor despertou a ira de muitos no futebol brasileiro. A CBF parece não querer vê-lo nem pintado de ouro. Dirigentes que sequer foram citados por ele soltando o verbo. Alguns comentaristas reclamando da forma como ele se pronuncia. Mas o que de fato tornou John Textor tão odiado no futebol brasileiro?
Não tenho uma resposta para isso. Impossível penetrar no imaginário de quem vem jogando pedras no dono da SAF do Botafogo. O que era para surpreender, e talvez já não surpreenda mais quando falamos de Brasil, é que sempre se tenta desqualificar quem denuncia algo. Textor começou a ser atacado logo depois que se posicionou pelo assunto. Vários cobraram provas mesmo sem saber se as mesmas existiam ou não. Caso não existam, que ele seja punido sim. Mas não é melhor esperar o desfecho?
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Na minha opinião a maior ira que Textor despertou é que ele conseguiu tirar da Justiça Desportiva a investigação sobre supostas manipulações de resultados no futebol brasileiro. O assunto foi parar na Polícia e no Senado. Ambos com mais força que o Tribunal do futebol.
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CPI ninguém sabe como termina
No Senado é que vem a desgraça para quem não quer uma investigação. Isso porque a CPI todos sabem como começa. Mas ninguém sabe como termina. Muitas vezes o foco é mudado no meio das investigações. E CPI pode quebrar sigilos fiscais, telefônicos e bancários de qualquer um.
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Como vivemos em um mundo onde quem não deve não tem motivos para temer, a CPI com certeza será bem recebida por todos que desejam transparência no mundo do futebol. Acredito que nenhum dos convocados vai apelar para decisões judiciais no sentido de ficar calado ou não revelar sigilos. Já pensou como seria fantástico para um dirigente de clube ou para um responsável por arbitragem, e até mesmo um árbitro, ter sigilo quebrado e depois poder olhar para toda a sociedade e falar: “Não descobriram nada. Me peçam desculpas!”.
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A CPI promete esquentar o noticiário do futebol nos próximos meses. Tivemos uma em 2001 que causou sérios problemas para a CBF. Era uma outra gestão. Vamos aguardar o que a nova CPI vai fazer com o futebol brasileiro.
