Quem tem boca… Botafogo e o ‘pavor’ do Peñarol

Quem tem boca… Botafogo e o ‘pavor’ do Peñarol
Vítor Silva/Botafogo

Quem tem boca pode falar o que bem entender. Inclusive muita besteira. Pois bem, é o que escutamos do zagueiro brasileiro Léo Coelho, do Peñarol, analisando o confronto com o Botafogo pelas semifinais da Copa Libertadores. O fato me chamou atenção pelo nível de falta de noção do jogador. Não vejo como uma tentativa de provocação. Mas sim uma incompatibilidade entre seu raciocínio e a capacidade de analisar o futebol, trabalhando pela visão otimista.

Coelho disse que o Botafogo sentiu pavor no segundo jogo, se referindo ao clima criado no confronto e ao segundo gol dos uruguaios. Como se após este gol os alvinegros entendessem que a virada uruguaia era questão de tempo. Do banco de reservas, já que não mostrou ao treinador capacidade para ser titular, o brasileiro conseguiu analisar isso. Foi sua leitura de jogo. Algo que, no meu entender, explica, por exemplo, sua condição de reserva.

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Pavor mesmo conseguimos observar no segundo tempo do confronto no Rio de Janeiro, quando os uruguaios, atropelados pelo grande futebol botafoguense, temiam que a goleada, que terminou por 5 a 0, fosse ainda maior. Ali deu para perceber um time acuado e rezando para o jogo acabar, o que diminuiria a sua vergonha, depois de um primeiro tempo de cera.

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Visão equivocada para um profissional

Botafogo controlou jogo com o Peñarol – Foto: Vitor Silva/Botafogo

Na partida do Uruguai era natural que o Peñarol partisse com tudo, principalmente pela gigante vantagem do Botafogo. O Glorioso, inclusive, poupou jogadores. Mesmo quando os gols aconteceram, ambos de chutes de fora da área, já que o Peñarol não tinha talento de criação, o Botafogo não viu sua vantagem correr grandes riscos. Além disso faz seu gol. E leva um logo depois claramente porque John, com medo de um cartão amarelo, deixou a bola passar.

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Acredito que Coelho tentou jogar para a torcida do Peñarol em sua análise. Mas precisa lembrar que no futebol muitas vezes o que falamos reflete a nossa visão de jogo. É muito ruim que um jogador profissional fale uma bobagem dessas depois de um confronto que, no agregado, terminou 6 a 3.

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