John Textor assumiu o controle do Botafogo em 2022. Ao longo de seu trabalho no clube ele quase sempre foi coerente em suas escolhas. Na dos treinadores então nem se fala. Só cometeu erros em situações muito desesperadoras, como as que conduziram Lucio Flavio e Tiago Nunes ao comando técnico. Mas Renato Paiva deixava o dono da SAF do Botafogo em situação delicada, pois não vinha respeitando os valores pregados por Textor.
Luís Castro, Bruno Lage e Artur Jorge tinham algo em comum muito além do sotaque português. Todos eram adeptos do futebol ofensivo. Estamos falando do Botafogo Way. Mas Renato Paiva vinha descaradamente mudando esta forma de jogar do Glorioso e isso acaba tendo um peso muito grande no entendimento de jogo, principalmente daqueles que estão há mais tempo no clube.
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O Botafogo Way vai muito além de um estilo de jogo ofensivo, mas passa até pela maneira ousada como o clube age em todos os ramos de atuação no futebol, inclusive na gestão. E Renato Paiva mostrou contra o Palmeiras em várias de suas decisões que não encara este espírito.
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Renato Paiva e o Botafogo Way

Contra o PSG recuar foi inteligência. Entrar contra o Palmeiras de forma cautelosa é até compreensível, embora não seja aceitável no Botafogo Way. Mas insistir com isso mesmo quando o adversário deu brechas e abrir mão da vitória é inaceitável.
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Não preguei aqui que o Botafogo demitisse Renato Paiva, o que aconteceu de madrugada Mas com certeza no mínimo uma conversa com o treinador seria importante para que ele entendesse de uma vez por todas o que o clube pensa e fosse franco se é capaz de entregar o que dele o Glorioso queria. Do contrário, Textor ficaria em situação delicada. Pelo visto Textor já desconfiava do teor da resposta.