A eliminação na Copa Libertadores ainda deixa um pouco dolorido o Botafogo. Ainda mais pela forma como foi. Entretanto a vitória de 3 a 1 sobre o Juventude devolveu um pouco do ânimo. Mas é preciso que Davide Ancelotti corrija alguns erros muito graves do time para que se torne cada vez mais possível o inédito título da Copa do Brasil. Na quarta-feira tem duelo de ida das quartas de final contra o Vasco.
Um fato que chama atenção e deixa qualquer um irritado é a facilidade com que os goleiros adversários encontram jogadores livres de marcação para que possam sair rapidamente para contra-ataque. O Botafogo sempre deixa adversários livres na intermediária. Mas o contrário não chega. John e Neto encontram muitas dificuldades para repor a bola quando a dominam, algo que não acontecia no ano passado e nem em 2023 com Lucas Perri. O Botafogo não pode dar esta facilidade para seus rivais.
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Se após um escanteio o goleiro rival domina a bola, o Botafogo precisa se recompor rapidamente para que no máximo ele tenha que se livrar da bola com um chutão. Isso se resolve com uma correção defensiva não muito complicada. Como um treinador da escola italiana ainda não percebeu isso?
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Davide Ancelotti e o Botafogo vertical
Outra questão é a dificuldade de os jogadores de meio e ataque atuarem de forma vertical. Essa é uma discussão que vai além de ser ofensivo e defensivo e sim sobre ocupação de espaços. Nos últimos jogos Álvaro Montoro ou Savarino, por exemplo, quando se livravam do primeiro rival não avançavam. Simplesmente cadenciavam o jogo tocando de lado. É fácil perceber isso no jogo contra o Juventude quando Arthur Cabral recuou para fazer o pivô. O Botafogo não tinha sequência.
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Por fim o espaçamento dos setores faz com que o Botafogo não ganhe rebotes e não consiga partir para o ataque com facilidade. Quando conseguiu contra o Juventude, em raros momentos, chegou ao gol. Mas o problema é antigo. Davide Ancelotti precisa rapidamente perceber esses aspectos, sob pena de o Botafogo ter sérios problemas.
