O Botafogo está no início do trabalho. A frase faz sentido? Poderíamos dizer que sim se analisarmos o período da temporada, com todos os times se encontrando. Mas temos que lembrar que existe uma base em relação ao ano anterior, inclusive com o treinador sendo o mesmo que terminou o ano. Mas não sentimos nem um pouco de segurança no que vem sendo feito por Tiago Nunes no Botafogo. Não adianta tentar esconder o elefante da sala. O clássico, que já traria problemas, mostrou isso.
Alguns vão dizer: “Falavam o mesmo do Luís Castro”. Mas o estágio do Botafogo hoje é outro. O português teve um 2022 de construção e um começo de 2023 em que tomou uma decisão, jogou fora o Campeonato Carioca e mostrou que estava no caminho certo. Tiago Nunes não passa a mesma convicção. E mexe mal. O que agrava ainda mais a situação.
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O Botafogo não tem tempo. Foi o time que se colocou nesta situação deixando uma vaga na Libertadores certa migrar para a etapa eliminatória, cheia de riscos. Assim não dá para passar pano e dizer que o trabalho está no começo.
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Marlon Freitas, Tchê Tchê e Eduardo; Júnior Santos, Tiquinho Soares e Víctor Sá. Essa linha do meio para frente foi a mesma que terminou o ano. Danilo Barbosa, muito usado, também estava aqui. Se o setor defensivo foi o que menos preocupou no Botafogo no clássico contra o Flamengo, o setor ofensivo deixou a desejar. Optou por não usar Eduardo e Víctor Sá de começo. Mas mesmo assim a coisa não fluiu. Algo preocupante, pois se espera que a defesa estivesse mais insegura.
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Se não quiser deixar parte do ano se perder, com problemas na segunda fase da Copa Libertadores, o Botafogo precisa chamar Tiago Nunes e tentar colher a realidade sobre o treinador. Ou promover a troca por mais dolorosa que possa ser.
Botafogo não está com a terra arrasada
Outra questão envolve a busca por reforços. O trabalho vem sendo bem feito. Mas o clube continuou pecando no que já era a sua maior carência em 2023. Falo de trazer um meia para revezar com Eduardo e incomodá-lo. Acreditar que Tchê Tchê e Marlon Freitas podem resolver é apostar em um esquema voltado para o empate, como vimos no clássico. E isso foge da característica do Botafogo.
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Não existe terra arrasada e muito menos nada que possa desanimar. Mas é preciso trabalhar com mais rapidez na busca pelos resultados e não tratar com naturalidade algumas situações. Do contrário, o ano pode ser problemático.
