John Textor se tornou o personagem do futebol brasileiro nos últimos dias por conta das denúncias feitas sobre manipulação de resultados. Vejo como preocupante a postura de parte da mídia que já trata o empresário como um fanfarrão. Além disso o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve estar se vendo em situação delicada, sob pena de ser desmoralizado dependendo o desfecho do caso.
Parte da mídia crava que as denúnicas de Textor são farras. Entretanto alguns desses jornalistas são os primeiros a levantar todos os dias suspeitas sobre dirigentes. Os mesmos que cobraram apurações da operação que puniu jogadores como Alef Manga. Parece que quando a denúncia parte de um clube, os jornalistas esquecem suas funções e vestem a camisa do clubismo.
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Outros esquecem que viveram situações delicadas por polêmicas do passado. Causa espanto ver Milly Lacombe reduzir as denúncias que Textor diz ter ao fato de o Botafogo ter perdido o Brasileirão. Logo ela que teve que responder judicialmente na polêmica com Rogério Ceni. Com certeza ela não teve o objetivo de falar alguma mentira naquela episódio. Mas foi julgada por uma imprudência e agora não lembra que Textor pode estar sendo julgado por denúncias que venha a apresentar.
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Infelizmente vivemos em um país onde quem denuncia é julgado com uma mão pesada, enquanto que o denunciado é tratado como vítima mesmo quando tem grande culpa.
STJD em situação delicada com Textor
O STJD também vive uma situação delicada. O órgão ainda não se pronunciou, mas dia 15 de abril vai analisar denúncias contra Textor e pode punir o dirigente por conta da falta de provas. Mas e se Textor realmente tiver apresentado as mesmas na Polícia?
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Eu não posso cravar que Textor tem provas. Mas também não sou capaz de dizer que ele é um grande fanfarrão. Isso o tempo vai dizer. Mas algo que vira Caso de Polícia e abre uma CPI no Congresso Nacional merece, no mínimo, ser levado em consideração e ligar um sinal de alerta.
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Para aqueles que acreditam que o futebol brasileiro é um convento de pessoas boas e que jamais cometeriam atos de corrupção, para os que pensam que não há árbitros que podem se corromper e dirigentes dispostos a corromper, para os que enxergam a CBF como perfeita, meu respeito. Queria ter essa certeza. Mas tenho a dúvida dos que se permitem aprender.
