Antes era o vitimismo do Botafogo, que parecia não aceitar os erros de arbitragem no Campeonato Brasileiro de 2023. Alguns se estenderam em 2024 e custaram caro na temporada, como a eliminação para o Bahia na Copa do Brasil por conta da expulsão absurda de Gregore. Mas o caso foi além, parando no Congresso Nacional. Mesmo com parte da imprensa tentando varrer para debaixo do tapete possíveis manipulações de resultados, não há mais como não se investigar as denúncias de William Rogatto.
O empresário, que na verdade nem deveria ser chamado assim diante de tudo que confessou, pode ser um grande picareta e estar tentando incriminar pessoas. O momento requer seriedade, mas muita investigação. As últimas declarações de Rogatto são graves e deveriam fazer a CBF, se for séria, a um exercício de reflexão sobre o que aconteceu em 2023.
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Entre Rogatto e Leila Pereira, por exemplo, a princípio eu fico com a palavra de Leila. Ela tem mais credibilidade e nada contra ela, pelo menos por enquanto. Entre a palavra de Rogatto, investigado e fugitivo do Brasil, e Wilson Seneme, por mais que isso possa doer, eu fico com a palavra de Seneme. Mas isso não significa que eu não queira ver uma investigação e nem que ela não seja necessária, muito pelo contrário.
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Ninguém pode garantir nada
Ninguém pode bancar que o que Rogatto falou é verdade. Ninguém pode garantir que o Palmeiras foi beneficiado e o Botafogo prejudicado em 2023. Mas infelizmente, para o mal do futebol, ninguém também pode garantir o contrário.
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O que vimos nas rodadas finais de 2023, começando pelo estranho apagão do Estádio Nilton Santos, se estendendo pelo adiamento bizarro do jogo com o Fortaleza e passando por erros patéticos de arbitragem podem sim fazer parte de um enredo macabro do futebol brasileiro. Se fazem ou não só investigações sérias dirão. O que não se pode é varrer para debaixo do tapete declarações tão graves.
