Acompanhei a entrevista de Carlos Augusto Montenegro ao Esporte Interativo e ele falou muitas coisas interessantes sobre o atual momento do Botafogo. Mas uma frase dele me chamou atenção. Ao falar sobre Yaya Touré ele disse que o Alvinegro não pretende buscar nenhum grande jogador no exterior porque “O trauma tem que passar“. Me admira esta frase, ainda mais partindo de quem sabe muito bem da grandeza do Botafogo.

Pelo que a diretoria fala Yaya Touré não foi correto nas negociações. O flerte com o Vasco e as idas e vindas com o Botafogo já seriam suficientes para colocar em dúvida o caráter do marfinense. Mas a questão é a seguinte: o Botafogo deve ficar traumatizado com isso?
Honda é remédio para o ‘trauma’
Sinceramente não penso assim. Honda é um exemplo de que nem todos os jogadores de fora do país são farinha do mesmo saco. Além disso, o Botafogo é um clube de grande história, tem investidores interessados nele e tudo para montar bons times em um futuro próximo. Portanto, não há motivo para dar toda esta pelota para o Yaya Touré.
Com todo respeito ao Montenegro, Yaya Touré não tem condições de traumatizar um clube como o Botafogo. Não querer ir ao mercado agora por esperar o projeto S/A sair do papel ou por conta das economias necessárias em um momento de pandemia tudo bem. Mas falar em trauma por causa de Yaya Touré é exagero. O Botafogo é muito maior do que isso.