No encontro entre os dois times de pior campanha no segundo turno, o Botafogo foi batido pelo Internacional por 2 a 1 no Beira-Rio. Em jogo disputado, erro de Kevin definiu a sétima derrota seguida da equipe no Brasileirão.
Eduardo Barroca continuou em busca da melhor escalação para o Alvinegro. Após uma sequência de falhas decisivas nos últimos três jogos, Marcinho foi barrado e Kevin retomou o lugar na lateral direita. Na zaga, com Benevenuto e Forster suspensos, Helerson ganhou uma chance de formar o miolo de zaga com Kanu. Honda voltou ao time titular como esperança de melhorar a criação no meio campo. E Warley foi escolhido da vez para atuar como ponta, depois de entrar demonstrando vontade na etapa final da partida contra o São Paulo.
O Botafogo começou pressionando a saída de bola do Internacional a partir da intermediária de ataque. Contra um adversário de pouca mobilidade, o sistema defensivo se mostrou eficiente na primeira meia hora de jogo ao oferecer poucos espaços. Com a bola, pela primeira vez desde a volta de Barroca, viu-se o estilo conhecido do treinador, um time organizado, mas com uma posse de bola ensimesmada que gerou poucas chances claras de gol.
Quando o Inter baixou as linhas e os zagueiros alvinegros conseguiram fazer a saída, Honda e, especialmente, Caio Alexandre puderam se aproximar dos atacantes e o ataque alvinegro fluiu melhor. Quando a dupla foi obrigada a voltar para ajudar na saída, nada aconteceu no campo de ataque, sobretudo devido a mais um jogo ruim de Bruno Nazário, que por vezes pareceu pouco focado no jogo.
Após chegar ao gol com Pedro Raul, aos 27 minutos, em jogada atenta de José Welison, que consertou um erro de passe de Nazário retomando rapidamente a bola, o Botafogo relaxou a marcação e viu o Inter chegar duas vezes com perigo, ambas pelas laterais. Na primeira, Moisés acertou a trave depois de Honda ser facilmente batido pela direita. Na segunda, aos 35, bola nas costas de Victor Luis e gol de Patrick.
No segundo tempo, o Glorioso naturalmente diminuiu a pressão na marcação e permitiu que o time gaúcho jogasse mais em seu campo. O objetivo era buscar um jogo mais direto explorando os espaços nas costas da defesa do Internacional. No entanto, com Warley como única opção de velocidade, poucas chances foram criadas. O trabalho de pivô de Pedro Raul também deixou a desejar. Embora tenha mostrado vontade, o centroavante mostrou pouca capacidade de segurar a bola ou distribuir passes de primeira. As alterações promovidas por Barroca mais uma vez surtiram poucos efeitos.
O Botafogo não fez grande jogo e o Inter tampouco. O Colorado teve menos posse de bola, trocou menos passes e finalizou apenas duas vezes na segunda etapa. Mas a sina dos erros individuais voltou a assombrar e decidiu o jogo. Substituto do criticado Marcinho, Kevin entregou de bandeja o segundo gol para o adversário. Mais uma vez um jogador alvinegro demonstrou não estar a altura da exigência de concentração e seriedade que a situação exige. Mais uma vez o Botafogo foi punido e deixou pontos importantes escapar.
Agora, a próxima partida do Botafogo contra o Coritiba no Couto Pereira se desenha como uma final para o Alvinegro. A vitória é fundamental para manter vivo o sonho da permanência na Série A.
Números do jogo:
Posse de bola – BOT 52% x 48% INT
Passes – BOT 444 (84% certos) x 414 (82%) INT
Finalizações – BOT 12 (2 no gol) x 12 (3) INT
Finalizações de dentro da área – BOT 4 x 11 INT
Chances claras – BOT 1 x 3 INT
