Na ESPN/Fox o Botafogo é cotado como 16º lugar no Campeonato Brasileiro; no GE é 15º; Paulo Nunes e Roger na TV Globo colocaram o clube com luz vermelha e amarela, de preocupação contra o rebaixamento. Mas, afinal, o Botafogo está tão mal assim? Na nossa opinião, parece haver um erro de prognósticos.
Não que o Botafogo seja um supertime e que vá atropelar os rivais. Há um otimismo no clube. O vice comercial e de marketing, Ricardo Rotenberg, não vê muitos elencos melhores e espera disputar as primeiras posições. O vice de futebol Marco Agostini fala em brigar por vaga na Libertadores. A melhor avaliação parece ser a de Paulo Autuori, que quer um “Campeonato Brasileiro tranquilo” em meio à transição para a S/A.
Com bons valores (como Gatito, Marcelo Benevenuto, Kanu, Caio Alexandre, Honda, Luis Henrique e Bruno Nazário), o Botafogo foi bem reforçado (Kalou, Victor Luis e Rafael Forster) e, na nossa avaliação, tem time para ficar entre os dez primeiros.
No cenário negativista da mídia, já são colocados como problemas salários atrasados, parte financeira, venda de jogadores, saída de Paulo Autuori, desgaste de Honda e Kalou etc. Só com uma bola de cristal é possível acertar esse tipo de previsão. Se é para palpitar, o Botafogo também pode encaixar, Kalou destruir os jogos, Pedro Raul desandar a fazer gols e a briga ser no topo da tabela.
Botafogo em bloco intermediário grande
Na realidade, hoje há times mais fortes e preparados que o Botafogo, como Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG e Internacional. Mas há por outro lado equipes piores, como Atlético-GO, Coritiba, Goiás, Sport e Vasco. Na nossa opinião, Ceará, Fortaleza e Bahia também.
Sobra um bloco intermediário grande, que vai depender de diversos fatores para definir a classificação final: Botafogo, Athletico-PR, Corinthians, Fluminense, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo. Exemplo: com o adiamento do jogo com o Bahia, o Botafogo terá uma sequência inicial complicada como desafio (Red Bull Bragantino e Fortaleza fora de casa; Atlético-MG, Flamengo e Internacional no Rio de Janeiro). Importante não largar mal.
É óbvio que o Botafogo precisa resolver sua vida financeira e dar tranquilidade ao time para render. O lado positivo da baixa expectativa é poder surpreender mais uma vez, como foi em 2016, ano em que a mídia previa rebaixamento e veio a vaga na para a Libertadores. O clube está acostumado a entrar desacreditado, que sirva de motivação para responder os críticos.
