O que é mais grave: derrubar a cabine do VAR com um leve toque com o pé ou dar um soco nas costas de um adversário que sequer podia se defender? Para a justiça desportiva no Brasil, o caso de Gatito, do Botafogo, é pior do que o de Jô, do Corinthians.
Dá para entender? Revoltado com a arbitragem e o VAR, que anularam dois gols e não deram um pênalti claro a favor do Botafogo, Gatito Fernández deu um leve toque com o pé no VAR após a derrota por 2 a 0 para Internacional. O equipamento se desmontou e caiu.
Por tal ato, a Procuradoria do STJD denunciou Gatito no artigo 219, que prevê pena de 30 a 180 dias, mais multa de R$ 100 a R$ 100 mil e indenização. O julgamento seria nesta quinta, mas foi adiado a pedido do Botafogo, que solicitou realização de prova pericial.
É óbvio que Gatito está errado, como admitiu em postagem no Instagram e se desculpou. Mas tal punição parece exagerada, principalmente se comparada ao caso de Jô, que será julgado segunda-feira.
O centroavante do Corinthians, de forma acintosa e por trás, deu um soco nas costas do zagueiro do São Paulo Diego Costa. Por incrível que pareça, ele não foi expulso pelo árbitro nem pelo VAR. A agressão a um rival e companheiro de trabalho foi denunciada no artigo 254-A, com risco de suspensão de quatro a 12 partidas.
Faz sentido? Caso Jô pegue a pena máxima de 12 jogos, ficará cerca de um mês e meio fora, apenas no Campeonato Brasileiro. No caso de Gatito, a punição pode durar 180 dias (seis meses) e envolver Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.
Que a Justiça Desportiva faça justiça nos casos.
Veja o vídeo do caso Gatito e se inscreva no canal do FogãoNET:
Veja o vídeo da agressão de Jô:
https://www.youtube.com/watch?v=59BXbPPdOXU