Um dos maiores craques japoneses da história, jogador de Copa do Mundo, de Liga dos Campeões, consagrado e renomado, Honda não para de dar bons exemplos no Botafogo. Nesta semana, além de incentivar Marcelo Benevenuto a estudar e aprender inglês, o meia de 34 anos revelou em entrevista à Botafogo TV como funciona sua parceria com Caio Alexandre no meio-campo.
Honda não está preocupado em ser o astro, em ter a bola, dar passes de efeito e fazer firulas. Na entrevista, ficou claro que o japonês quer é o crescimento coletivo do time. Assim, joga mais recuado e se sacrifica para Caio Alexandre ter mais liberdade.
– Em campo, com Caio e outros jovens jogadores, não deveriam pensar muito no jogo coletivo. Pela qualidade deles e pelas características deles, eles precisam jogar soltos quando conseguem a bola. E, sabe, eu deveria ver a ação deles primeiro e quero ajustar o que é melhor para o time. É por isso que, até agora, estou mais balanceado com o Caio, porque pela qualidade e estilo dele deveria jogar mais livre. Acho que essa é a maneira dele jogar e tenho atuado bem o Caio até agora. Acredito que podemos melhorar – afirmou Honda.
O meio termo a ser encontrado é Honda ter mais protagonismo em determinados momentos, com gols, assistências e cobranças de faltas. Ele está jogando para o time, mas às vezes será necessário o time jogar para ele.
Efeito Seedorf
O exemplo de Honda mostra que ele pode ter o mesmo efeito de Seedorf no Botafogo, no sentido de fazer os jovens crescerem e se destacarem. Com o craque holandês, diversos jogadores melhoraram o rendimento, com destaque para os oriundos da base, como Gabriel, Jadson, Dória, Vitinho e Gilberto.
Em outra pergunta, Honda respondeu com a sabedoria de um professor.
– O que aprendi quando eu penso em educação é tentar se comunicar com os mais jovens, porque eu gosto de falar com os jogadores, educar os jogadores mais jovens e as crianças. O bonito da educação é que, uma vez que você ganha uma habilidade ou conhecimento, você nunca perde em sua vida. As coisas que você aprende sempre o ajudam. São úteis. Claro que o dinheiro, ou qualquer outro bem material, você irá perder caso aja errado. Mas habilidade, conhecimento e competências você nunca perde. Por isso educação é tão bonito e quero que todos tenham educação de alta qualidade, não importa onde você nasceu, quanto dinheiro tenha. Toda criança deveria ter educação de alta qualidade, por isso que me preocupo – explicou.
