Afinal, a Botafogo S/A sai ou não sai? Candidatos a presidente do Botafogo para os próximos quatro anos, Alessandro Leite, Durcesio Mello e Walmer Machado têm visões diferentes sobre o tema. Um deles será eleito nesta terça-feira.
Eles concederam entrevista ao FogãoNET, disponibilizada em nosso canal no YouTube, e comentaram sobre a Botafogo S/A.
Leia as respostas abaixo:
Alessandro Leite
– O Botafogo não pode se limitar ao plano A ou B. Nós temos dois modelos de projeto de clube-empresa que estão sendo tocados. Um está paralisado, vamos dizer assim, e o outro vem sendo tocado diretamente, os trabalhos continuam sendo feitos. Mas o Botafogo não pode, obviamente, por razões mais que elementares, se limitar a esses dois planos e ficar de braços cruzados esperando que um deles dê certo e surja. É preciso que trabalhemos de forma séria, muito centrada, com austeridade total e captando novos recursos até que isso tudo seja implementado.
Durcesio Mello
– O plano B vai sair. Já está sendo trabalhado, já estão conversando com fundos e investidores estrangeiros que podem comprar 51% ou até a totalidade. E, também, estão fazendo um plano para negociar as dívidas que bloqueiam e penhoram receitas do Botafogo. Está andando e vai sair. Não vou falar mais nada porque já errei no passado (risos), mas estou bastante otimista que a S/A está bem encaminhada. É um projeto muito sólido e bacana. Vai sair e espero que saia em 2021. Mas, enquanto isso, vamos trabalhando com um plano interno nosso do futebol. É fundamental que as duas coisas aconteçam, ou seja, a negociação com os credores cíveis e trabalhistas no valor de mais ou menos R$ 430 milhões. Está sendo formatado ainda, tem um tempo de maturação. Mas vai sair, sim.
Walmer Machado
– Em relação à Botafogo S/A, a questão do congelamento é um delírio, porque ela nunca existiu. A rigor, nós propomos e proporemos que se faça qualquer investimento através da própria sociedade anônima que o Botafogo já possui, que é a Companhia Botafogo. Basta financiar seu passivo, que é pequeno. Dizem que as contas do Botafogo beiram a R$ 1 bilhão, o que, na verdade, contraria a toda evidência os balanços do clube, que apontam para R$ 700 milhões. Tudo isso terá de ser objeto de auditoria plena, extensa, independente, não comprometida com algum interesse de quem quer que seja, principalmente dos nossos. Isso não acontecerá. Temos uma expertise de natureza profissional na área empresarial. Uma advocacia de 33 anos de militância com empresas experimentada nesse segmento de sociedade anônima, sociedade por cotas, limitada, etc. Então, quer nos parecer que hoje qualquer investidor que se aproxime do Botafogo de Futebol e Regatas, inevitavelmente, vai precisar ter um CNPJ, algo que possa respaldar seus interesses e o investimento para o consequente lucro daquele que virá aportar um honorário significativo para trazer de volta o Botafogo ao patamar que jamais deveria ter saído.