O Botafogo tem que voltar a fazer a receita que deu mais certo até agora. Chega de interinos, tapa-buracos e apostas. Para o lugar de Tiago Nunes, demitido nesta quinta-feira (22/2), é preciso contratar alguém de muita confiança de John Textor, um profissional que também seja seu “sócio”, assim como foi com Luís Castro, primeiro treinador da Era SAF e com a jornada mais longeva e vitoriosa.
E tal nome precisa também estar à altura do projeto, com currículo de respeito, e ter a segurança para executar um trabalho duradouro. E, se ainda for a ideia, retornar a colocar em prática o quase nem mais falado Botafogo Way. O conceito de identidade era interessante.
É inegável que o Botafogo tem em 2024 um dos elencos mais qualificados da Série A do Brasileirão. Esse grupo de jogadores na mão de um técnico conceituado, com estofo, seria ainda mais potencializado. Não tenho dúvida.
Na minha opinião, o perfil deve ser esse, um líder “cascudo”. Resta saber de onde vem esse técnico. No futebol brasileiro, as opções ativas, infelizmente, são escassas. Quem talvez atendesse essa demanda seria Tite, mas já está empregado no rival Flamengo. Textor e o departamento de futebol devem voltar a optar por um treinador europeu ou chegou a vez de um estrangeiro sul-americano já experimentado e bom conhecedor da Libertadores? É uma questão fundamental para a tomada de decisão.
Ambos livres no mercado e já especulados por agradarem ao Botafogo, o português Carlos Carvalhal (58), campeão com o Braga (POR), Vitória de Setúbal (POR) e Besiktas (TUR) e o argentino Jorge Sampaoli (63), vencedor com a seleção chilena e a Universidad de Chile, se aproximam das descrições aqui feitas. Há mais alternativas? A minha preferência é por um “nome local”, mais próximo da realidade e que não precise tanto tempo para se adaptar. O Glorioso tem pressa. Em caso de classificação em cima do Aurora (BOL) no Estádio Nilton Santos, a importantíssima vaga na fase de grupos da Libertadores passa a ser decidida no dia 6 de março, em menos de duas semanas, contra Red Bull Bragantino ou Águilas Doradas (COL). E aí, o que é melhor para o Fogão em 2024?