E lá vamos nós para mais uma busca por um técnico. A SAF Botafogo, que iniciou a gestão do Glorioso com Luís Castro como “sócio de John Textor“ em um trabalho que durou 462 dias, anunciou o desligamento de Davide Ancelotti na noite desta quarta-feira (17/12) e vai ao mercado para contratar seu sétimo treinador, desta vez para 2026.
Não vou entrar no mérito aqui se Davide Ancelotti deveria ser demitido ou não. Consigo entender quem argumentava a favor da permanência, por conta da invencibilidade de dez jogos no fim de 2025 e da simples defesa do trabalho a longo prazo, e quem defendia a rescisão, pela falta de experiência no cargo e da insatisfação com o preparador físico Luca Guerra. O que me incomoda é instabilidade no clube.
Enquanto vemos Abel Ferreira completar cinco anos no comando do Palmeiras, Filipe Luis caminhando para a disputa da terceira temporada à frente do Flamengo e até mesmo Rogério Ceni com seus dois anos e meio no Bahia, o Botafogo carrega como média, desde abril de 2022, ter um treinador a cada seis meses.
Isso é péssimo para desenvolver qualquer projeto vitorioso com o elenco já contratado e para atrair bons profissionais, sejam eles treinadores ou reforços. Essa questão fica ainda mais preocupante sobretudo com a preferência de John Textor por estrangeiros. Quem vai embarcar nessa aventura?
– LUÍS CASTRO – saiu para o Al-Nassr
– BRUNO LAGE – demitido
– TIAGO NUNES – demitido
– ARTUR JORGE – saiu para o Al-Rayyan
– RENATO PAIVA – demitido
– DAVIDE ANCELOTTI – demitido
Bom, se serve de “esperança”, mas nem tanto assim, pois o calendário de 2026 será caótico, o novo técnico terá uma rara oportunidade considerando todos os contratados até hoje. Se não houver atraso, como em 2025, escolhido estará no Espaço Lonier na reapresentação do elenco para uma pré-temporada, apenas Luís Castro (2023) e Tiago Nunes (2024) conseguiram isso.