Desde antes do jogo contra o Flamengo, citei como o Botafogo pode arrumar formas melhores de enfrentar equipes que busquem dominar mais a faixa central do campo e ter a posse.
Com Jean Lucas, Caio, Everton Ribeiro e Cauly, o Bahia conseguiu ser superior na primeira etapa e criar chances importantes, muito pelas características que estes meias possuem.
Se os pontas do Botafogo não estiverem aplicados como deveriam na fase defensiva, o time tende a sofrer nesse tipo de contexto. E não é a primeira vez, visto que o combate pelo meio sobrecarrega os volantes.
Quando falei no penúltimo texto sobre haver o que comemorar, me referia a um time que tem brio, não se abate e está muito mais organizado e padronizado nos comportamentos.
Porém, quando cito os pés no chão, significa que é uma equipe que ainda apresenta dificuldades em momentos do jogo como a transição defensiva e ao enfrentar adversários que tenham maior qualidade técnica para progredir rápido no campo.
Contudo, sempre bom relembrar: 1 mês de trabalho com Artur Jorge. O futebol brasileiro é tão rico de altos e baixos em pouco tempo que o faz parecer passar mais rápido do que realmente é.
O comandante alvinegro foi precipitado na segunda etapa ao colocar Alexander Barboza. A ideia faz sentido e foi justificada, mas o Botafogo ainda não vivia na partida uma situação de “abafa” e muitos cruzamentos na área. Inclusive aproveitava a saída dos organizadores de jogo do adversário para gerar mais volume.
Com isso, o Mister buscou antecipar uma circunstância que acabou não acontecendo. Principalmente após sofrer o gol 4 minutos depois, com o Bahia aproveitando um desajuste que a saída de Damián ocasionou. Gregore salta pressão no marcador à sua frente, gerando um espaço nas costas e abrindo a última linha.
Discordo muito daqueles que buscam um culpado na primeira derrota após uma boa sequência. Hugo pecou mais uma vez na abordagem defensiva pela linha de fundo, Cuiabano perdeu oportunidade, Artur arriscou cedo, Jeffinho e Luiz Henrique foram abaixo daquilo que o time precisa, há diversos elementos que culminam no revés.
Como uma família, é hora de reagrupar, entender as dores e saber como seguir em frente. A LDU nos espera.