Desvendando vulnerabilidades: os caminhos para o Botafogo contra o Vitória na Copa do Brasil

Desvendando vulnerabilidades: os caminhos para o Botafogo contra o Vitória na Copa do Brasil
Vitor Silva/Botafogo

Primeiro adversário do Botafogo na Copa do Brasil-2024, o Vitória tem demonstrado nesse início de Brasileirão e reta final de Estadual como possui algumas fragilidades defensivas que podem ser muito bem aproveitadas pelo Glorioso no Nilton Santos nesta quinta-feira.

Corredor central desprotegido: um padrão nos últimos 10 gols sofridos pela equipe baiana foi de gerar muito espaço para infiltrações do adversário na faixa central do campo, os volantes acabam ficando batidos quando o passe quebra o bloco e a última linha tenta se descolar para fazer a cobertura, gerando desajustes graves. Ou seja, o Botafogo pode utilizar muito bem a movimentação do esquema atual, em que um dos atacantes sai da posição para atrair um defensor, enquanto o outro ataca o espaço nas costas.

Outro exemplo de bloco defensivo gerando muito espaço no corredor central, desprotegendo a intermediária defensiva. O Bahia aproveitou muito bem esse espaço para empatar o clássico.

Contra o Palmeiras, o mesmo espaço foi visto sem proteção, mas desta vez em transição defensiva. Por sinal, acontece com frequência a recomposição ter falhas e o adversário chegar com superioridade numérica.

Pouca pressão no portador: outro quesito frequente no Leão da Barra é a maneira como o adversário recebe pouca pressão para construir pelo centro e quando busca a linha de fundo, normalmente consegue fazer o cruzamento sem muita objeção. Com isso, os zagueiros ficam mais expostos e ocorre regularmente de sofrerem com bolas aéreas, impossível não imaginar o Botafogo conseguindo aproveitar essas oportunidades pelos lados.

Laterais manipuláveis: O mapa da mina para o Botafogo se chama Zeca. O lateral direito do Vitória diversas vezes fica sem cobertura e é atraído para encurtar o espaço do ponta, que gera espaço nas suas costas para outro atleta atacar, além disso, buscar o cruzamento pelo lado oposto direcionando para as costas dele pode ser outro caminho, visto a sua baixa estatura (1,70m).

Dificuldade de lidar com pressão pós-perda: O jogo contra o Cruzeiro nos deu diversas dicas de como gerar muita dificuldade para o rubro-negro baiano. A equipe mineira ajustou muito bem a forma como a sua última linha avançava para dificultar a vida dos atacantes nos possíveis contra-ataques e possuía sempre um número bom de atletas na zona da bola assim que a perda acontecesse. Mais um comportamento que combina muito bem com o estilo implementado por Artur Jorge.

Apesar de ter feito uma Série B muito boa, o Vitória ainda não conseguiu se encontrar com o início dos confrontos contra equipes da elite. Defensivamente, o coletivo e o individual estão deixando a desejar, algo que será muito valioso para o Botafogo construir sua vantagem para o jogo da volta.

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