Empate do Botafogo na Colômbia: muita cautela com a engenharia de obra pronta

Empate do Botafogo na Colômbia: muita cautela com a engenharia de obra pronta
Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo foi muito superior ao Junior Barranquilla na primeira etapa e criou boas chances para abrir o placar. Concretizar as oportunidades é muito mais da responsabilidade do atleta do que do treinador.

“Se tivesse com os titulares, não teria perdido gols”. Corta para os mesmos que dizem isso reclamando dos gols perdidos por Luiz Henrique contra Vitória e Universitario, algo que já aconteceu com Jeffinho também em outras ocasiões. Isso não é garantia.

Quem poderia aumentar essa garantia acabou de retornar de lesão, há muito tempo sem jogar. Tiquinho Soares no banco claramente foi uma opção mais física do que tática/técnica.

Sobre a zaga, não há muito o que discutir. Cuiabano não pode jogar, Halter é todo jogo perseguido independentemente de errar ou não, ou seja, teoricamente o Barboza não deveria ser nenhum absurdo e no final justificou com uma boa e segura atuação.

Passaram todo esse tempo do afastamento de Diego Hernández e Óscar Romero dizendo que são jogadores que agregam. Quando são titulares vira algo ilógico? Hernández criou as duas chances mais claras do Botafogo pelo chão, servindo Tchê Tchê e Romero.

NINGUÉM pode prever uma expulsão dessa, ou seja, não existe isso de que o Artur Jorge “assumiu o risco”. Simplesmente não havia indícios daquilo poder acontecer, foi erro do Hernández e pronto. O futebol tem o IMPONDERÁVEL, colocar até isso no colo de um treinador é de uma injustiça imensa.

Ele levou aquilo que achou ser o mais competitivo, contando que poderia ter um Luiz Henrique com mais ímpeto contra um adversário já cansado, visto que não tinha à disposição Jeffinho por lesão e Savarino por fadiga. Mas a expulsão condicionou tudo na reta final.

O principal objetivo na chegada do comandante era a classificação e o Botafogo teve plenas condições de terminar como primeiro colocado rotacionando os jogadores, mesmo repleto de desfalques. Só prova como nosso elenco aumentou de nível e que nas oitavas será mais forte ainda.

Sábado enfrentaremos uma equipe muito competitiva, forte dentro de casa e que tem talentos muito desequilibrantes. Nenhum comando técnico planeja um jogo pensando nele de forma isolada durante uma temporada, o anterior e o próximo sempre vão ter influência.

As críticas são sempre válidas, mas é sempre importante buscar olhar pela ótica dos tomadores de decisão. Há muito ali que não costumamos levar em consideração pelo simples fato de não estarmos lá dentro, vivenciando.

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