Os olhos marejados do técnico Jair Ventura na coletiva após a derrota de 2 a 0 para o Avaí no Nílton Santos não tinham muito a ver com o péssimo resultado.
O abatimento refletia a tristeza que dominou o vestiário por conta da situação de Montillo, de 33 anos, que voltou a sentir dores na panturrilha direita.
Era a quarta tentativa de retorno aos gramados em 2017.
O ARGENTINO deixou o campo com 7m de jogo, tirou a camisa, o colete GPS e foi direto para o chuveiro.
Deixou em todos a impressão de que foram seus últimos momentos com a camisa do Botafogo.
Diretoria e comissão técnica o liberaram da reapresentação desta terça-feira e aguardam novos exames de imagem para discutir a rescisão contratual.
Montillo tem contrato até dezembro, mas já não suporta mais tanta agonia.
OS PROBLEMAS na panturrilha são comuns em atletas com mais de 30 anos e geralmente é determinante para o final de carreira de atletas.
Quando o desgaste passa a ser constante, o próprio jogador começa a perder a motivação para encarar o tratamento.
Principalmente o preventivo, aquele que precisa ser feito antes de cada treino, de cada jogo.
É chato, é minucioso, e precisa de dedicação e paciência.
JOGADORES como Zico, Júnior, Renato Gaúcho e Romário, alguns dos mais famosos, sofreram muito nos anos que antecederam o final da carreira.
E a decisão de encarar a nova rotina depende da particularidade de cada carreira.
No caso de Montillo, que não conseguiu mais do que 905 minutos pelo Botafogo e cujo contrato termina em dezembro, o mais provável é a rescisão amigável.
Algo a tempo de permitir a contratação de um outro meia para reforçar o time na Libertadores..