A Botafogo S/A está em fase de captação de recurso junto a investidores, para arrecadar cerca de R$ 240 milhões. Com a verba, o clube vai destinar parte às dívidas e outra parte para investir no futebol.
Assim que finalizar a captação, o clube vai negociar a dívida com os credores.
– Será feita uma oferta pública aos credores. E se eles aceitarem receber a dívida deles com deságio, a gente teria dinheiro para pagar a dívida – afirma o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que crê que atualmente não é possível pagar as dívidas e despesas correntes com tantas penhoras.
– Sobra pouco. Não dá nem para começar a pagar o serviço da dívida. O negócio vira bola de neve. Não paga dívida nunca – explicou.
O dirigente acredita que até o começo de outubro a Botafogo S/A, que vai transformar o futebol em empresa e separar das demais áreas, entrará em pauta no Conselho Deliberativo, antes mesmo da negociação com os credores. Vice-presidente geral, Carlos Eduardo Pereira pensa diferente.
– Você só tem como levar ao conselho a partir do momento que você tiver massa crítica e o processo concluído. O processo não foi startado. Não adianta ter autorização do conselho se os credores não aceitam a minha proposta – avalia Carlos Eduardo Pereira.
Recuperação judicial é plano B
Se os credores não toparem a negociação de dívidas, a empresa não será criada.
– Se não aceitarem, não tem S/A. Vai ser ruim para o Botafogo e para os credores – diz Montenegro, que explica a outra opção, que seria a recuperação judicial.
– O clube teria dois, três anos para pagar as dívidas. Aí é bola ou búlica. Fazer isso ou falir – completa.