O Botafogo vai correr atrás de reviravolta no jogo contra o Palmeiras. O clube decidiu pedir na CBF a anulação da partida por uso indevido do VAR no pênalti marcado de Gabriel em Deyverson. A informação foi publicada primeiramente pelo repórter Thiago Veras, da Rádio Tupi, e posteriormente anunciada pelo Alvinegro nas redes sociais.
O Botafogo pedirá a anulação do jogo com o Palmeiras. O VAR foi usado indevidamente, pois a partida havia sido reiniciada. Logo, não poderia ser alterada a decisão do árbitro (regra 5 da FIFA e protocolo 8.12 do VAR). A decisão tomada foi um erro de direito, não um erro de fato. pic.twitter.com/e5M0MhevsL
— Botafogo F.R. (@Botafogo) May 27, 2019
O FOGÃONET foi atrás das imagens e constatou que a reclamação é pertinente. O árbitro Paulo Roberto Alves Junior deu ordem para a partida ser reiniciada, em cobrança de falta de Gatito na área. Pouco depois, parou novamente o jogo para analisar o VAR e marcar o polêmico pênalti. Veja a partir de 1:35:20 :
https://youtu.be/XheFCgJh2Jk?t=5720
Veja o que diz o item 8.12 do Manual para Árbitros Assistentes de Vídeo (AAVs/VARs) da CBF:
8.12. Decisão após o reinício da partida não pode ser alterada
Se foi dado o reinício, as decisões anteriores podem ser revisadas e potencialmente alteradas?
A Regra 5 é clara em que um árbitro não pode alterar uma decisão depois do reinício da partida; os árbitros são incentivados a não permitir o reinício da partida se há possibilidade de revisão. A única exceção é para ofensas de expulsão direta tais como conduta violenta, onde a ação disciplinar pode ser aplicada mas o jogo não reverte ao reinício associado com essa ofensa (ex. a “mordida” do Suarez na Copa Mundial).
Leia o que diz a Regra 5 do Futebol:
O árbitro não pode alterar uma decisão, ainda que se convença do erro, quer por entendimento próprio ou em razão da opinião de outro árbitro da partida, se já houver reiniciado o jogo, ou se já houver saído do campo de jogo, após encerrar o primeiro tempo, a partida, ou uma prorrogação.
*Atualizado às 22h55