Os ídolos do Botafogo sempre tiveram uma relação muito próxima com o Alvinegro e uma das provas é o ‘muro dos ídolos’, em General Severiano. O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, também sempre manteve uma relação muito próxima e cordial com os mesmos. Já que um dos seus princípios dentro do clube é o de realizar homenagens aos ex-jogadores. Porém, a relação com alguns deles não vive dias de calmaria e tranquilidade. Após os casos de Túlio e Wagner, foi a vez de Jairzinho se chatear com Assumpção.
O auxiliar técnico Jair Ventura, filho do “Furacão da Copa”, fazia parte da comissão técnica fixa do Botafogo até o final de 2013. Na época, uma reformulação do departamento de futebol era realizada, já que o presidente alvinegro estava insatisfeito com a queda de rendimento do time no returno do Campeonato Brasileiro. E se antes a relação entre Jairzinho e Maurício era próxima, agora o ex-jogador não quer nem saber do mandatário.
“Não quero falar sobre o Botafogo esse ano, pois estou muito magoado com o Maurício Assumpção. Eu o ajudei a se eleger e reeleger, sempre vou aos eventos no clube e ele vai e demite o meu filho no fim do ano? Não gostei nem um pouco disso e não quero papo com ele”, disse o ex-jogador ao UOL Esporte.
Além do caso de Jairzinho, a administração de Maurício Assumpção já se envolveu em outras desavenças com ídolos alvinegros. O caso mais conhecido é o de Túlio Maravilha por causa do ‘projeto do gol mil’. Insatisfeito com a condução do trabalho, o ex-atacante resolveu acionar o clube na Justiça do Trabalho e cobra R$1,5 milhão do Botafogo após o Bota desistir do projeto. A relação ficou ainda pior quando a diretoria não autorizou a participação dele no Campeonato Carioca de Futebol 7, em novembro de 2013.
“Infelizmente o presidente do Botafogo me proibiu de jogar o campeonato. Não bastasse o milésimo gol, agora me proíbe de vestir a camisa do meu clube do coração. Eu não entendo. A última alegria dos alvinegros foi em 1995, quando eu ajudei o clube a conquistar o Campeonato Brasileiro”, afirmou Túlio na época da briga.
A outra desavença foi com Wagner, o ex-goleiro estava na fila para receber uma dívida que tinha com o clube. Em 2010, ele trabalhava no Alvinegro como preparador de goleiros, mas resolveu acionar novamente o clube por seus direitos. Foi quando Maurício Assumpção se revoltou com a atitude e decidiu o mandar embora.
Na época Wagner ficou inconformado com a atitude do Botafogo e disse na época que as explicações deveriam ser dadas pelo Botafogo e alegou que não pediu para deixar o clube. Para ele, a saída não foi realizada da forma correta.
“O sentimento pelo Botafogo continua. Porém, lamento que tenha saída mais uma vez pela porta dos fundos, assim como ocorreu em 2002, quando eu era jogador”, declarou o ex-goleiro logo após a demissão.
Porém, com o passar do tempo, Wagner optou por não falar mais sobre o assunto e prefere apenas relembrar os bons momentos pelo Alvinegro.