Alex Alves revela como problemas com Montenegro e Celso Roth abreviaram passagem no Botafogo

Alex Alves revela como problemas com Montenegro e Celso Roth abreviaram passagem no Botafogo
Reprodução/Canal do TF

“Foram dois anos maravilhosos que passei na minha carreira, tive a oportunidade de vestir essa camisa, que é para poucos. Sabemos o tanto de jogadores que honraram essa camisa. Não ganhei títulos, sempre deixei o meu melhor, o máximo. Raça e vontade nunca faltaram.” A afirmação do ex-atacante Alex Alves mostra o carinho que ele tem pelo Botafogo. Porém, por outro lado, houve problemas, que abreviaram a passagem pelo clube.

Em entrevista ao “Canal do TF”, Alex recordou discussões que teve com Carlos Augusto Montenegro e com Celso Roth em 2005. No fim do ano, se transferiu para o Denizlispor, da Turquia.

Problema com Montenegro

– Tive problema com o Montenegro, então diretor. Quando era o Bebeto (de Freitas) minha relação com ele e com a diretoria era 100%, deixava claro que dinheiro era o de menos, sentia prazer de jogar futebol no Botafogo, me sentia em casa. O problema foi justo no fim do Campeonato Brasileiro de 2005, falou algumas coisas para mim e para o Caio que não gostei. Caio tem uma elegância que não tenho, consegue dar tapa na cara falando palavras bonitas e eu, quando algo me tira do sério e não é justo, fico muito bravo. Foi um dos motivos para eu não ter renovado. Claro que todo mundo quer jogar fora do país, mas minha vontade era encerrar a carreira no Botafogo.

Montenegro veio cobrar em um jogo que perdemos para o Flamengo (3 a 1), em Volta Redonda, no fim do jogo fui buscar a bola no pé dos zagueiros. O time estava fazendo muito chuveirinho na área, eu só via a bola passando por cima. Já que era para jogar na área, fui eu jogar, porque tinha mais qualidade na batida da bola. Foi combinado com o técnico.

– O Montenegro não entendeu e veio me cobrar, disse que eu pipoquei e fui lá para trás. A discussão foi mais forte porque ele chegou chutando tudo, se a gente ganha rebaixa o Flamengo. Estávamos bem no jogo, tomamos a virada. Começou a confusão, jogadores não admitiram a forma como ele falou. Quis afastar eu e Caio, porque era inadmissível, tinha que rebaixar o Flamengo. Todo mundo queria rebaixar o Flamengo, seria um título, mas o futebol é assim. O cara deles acertou um chutaço e o goleiro catou tudo. Acontece no futebol.

Montenegro foi uma pedra no sapato. Se não fosse ele, eu teria continuado no Botafogo, conquistado título no outro ano e feito uma história muito melhor. Mas Deus sabe de todas as coisas. Foi pedra no sapato da época, não tenho raiva dele, a convivência foi muito boa, pode ter feito por outras razões também. Ele tem história no Botafogo, presidente do título de 95.

Problema com Celso Roth

– Fiquei muito chateado também com Celso Roth. Eu estava com 15 gols no campeonato. Com todo o respeito, ele botou o Guilherme, que é um irmãozão meu, mas não estava rendendo. Ele tinha que ter um argumento para me tirar. Falou que gostava de atacante alto, de área, brigador, estilo gauchão dele. Mas eu era o vice-artilheiro, só atrás do Romário. Eu disse que atacante tinha que fazer gol, ele disse que atacante tinha era que brigar.

– A torcida, para ajudar, essa foi a melhor, gritou o nome dos 11 jogadores, depois o meu nome, que estava no banco, aí saudei e beijei o escudo. Depois a torcida gritou “Ei, Celso Roth, vai tomar no cu”. Falei “agora eu caí, que nem um meteoro”. Ele virou para mim e falou “você tem moral com a torcida mesmo hein”. Depois disso aí tive sérios problemas. Essa foi foda.

– Teve uma partida que não joguei, estava suspenso, o time empatou. Para o jogo seguinte, ele não nos revelou o time. Aí foi em uma entrevista e falou que o Guilherme ia jogar. Os repórteres disseram que eu era o artilheiro, ele disse que eu tinha que esperar e buscar meu espaço. Então dei entrevista e soltei uma pérola, que achava que meu inimigo era o adversário, mas o inimigo estava dentro de casa. E o pior, eu que tinha trazido o inimigo. Aí ele veio me cobrar, como que eu falei um negócio desses. Eu disse que ele poderia ter conversado comigo, me dado motivos, ter esperado eu jogar mal para me tirar. Aí teve aquele jogo que citei dos gritos da torcida. Então não fui mais titular, nos últimos dez jogos do campeonato, só me colocava nos minutos finais.

Veja o vídeo da entrevista de Alex Alves no Canal do TF:

Fonte: Redação FogãoNET e Canal do TF

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