Há coisas que definitivamente só acontecem com o Botafogo.
O time voltou do Paraguai classificado. Drama, sorte e sofrimento até o fim.
Enredo conhecido. Como se trata de Botafogo não poderia ser diferente.
Não foi fácil. Como de hábito o Botafogo fez um bom primeiro tempo e se arrastou em campo no segundo. Recuado, acabou não resistindo a pressão do Olimpia. Jair Ventura errou nas alterações que fez e colaborou para que o Botafogo fosse sufocado. Abdicou do ataque e só se defendeu.
Quis o destino que Gatito Fernandez, barrado, acabasse virando a estrela da noite ao substituir Helton Leite, que diga-se de passagem fez um jogo seguro.
Fato é que esse Botafogo, ainda olhado sob desconfiança, mudou desde a incrível arrancada no brasileiro do ano passado.
Eliminar Colo-Colo e Olimpia, dois tradicionais times da América do Sul, dá moral e enche o torcedor de otimismo.
O mais difícil o Botafogo conseguiu. Agora o que vier é lucro.
E que lucro.
A heroica e emocionante vaga na fase de grupos rende aos cofres do clube quase US$ 2 milhões. Conta paga.
O Botafogo terá tempo, pode descansar, recuperar alguns titulares e focar no Estudiantes de La Plata, Atlético Nacional de Medellín e Barcelona de Guayaquil.
Nada é impossível. Não para o Botafogo.