FLUMINENSE 3 x 0 BOTAFOGO.
A derrota que levou a cabeça de Alberto Valentim para a guilhotina não necessariamente evidenciou a superioridade de um time sobre o outro.
Mas ficou claro que o trabalho de Odair Hellmann está em estágio mais adiantado do que o do seu companheiro de profissão.
E é justamente aí, neste ponto, que os alvinegros escoram a discutir sobre a continuidade do trabalho.
Nas mãos do campeão estadual de 2018, o Botafogo ainda não conseguiu uma identidade.
Com Barroca, por exemplo, em dois jogos já se sabia o que esperar do time: posse de bola, controle de jogo e ocupação do espaços.
Como podemos ver no Fluminense de Odair: marcação forte, pressão no homem da bola e saída em contra-ataques rápidos.
Fica cada vez mais evidente que a preparação tricolor visou a construção de um sistema que fizesse do veterano Nenê o diferencial do time.
E está dando certo.
O meia-atacante flutua entre as linhas de defesa adversária e, dentro da área, usa a excelente capacidade técnica para marcar os gols que não saíam em 2019.
Tem cinco gols em 456 minutos jogados, três deles marcados em dois clássicos.
E com média de um gol a cada 91 minutos jogados – ou seja: um por jogo.