Do tanto que ouvi e ainda ouço sobre o duelo da noite desta quarta-feira, entre Grêmio e Botafogo, em Porto Alegre, pelas quartas-de-final da Copa Libertadores, vem de Valdir Espinosa, o técnico que fez história nos dois clubes, a melhor definição sobre o confronto.
“O vencedor será o time que exibir mais coragem no duelo”, avisa, com conhecimento de causa.
AFINAL, ele, Espinosa, ajudou Renato Gaúcho a moldar o time que já no ano passado conquistou a Copa do Brasil.
Aliás, o treinador completa amanhã (quinta, 21) um ano de trabalho no Grêmio.
Estreou com derrota para o Atlético-PR, por 1 a 0, em casa, mas garantiu vaga nas quartas com vitória nos pênaltis.
Se Luan jogasse, cinco jogadores daquele time estariam em campo hoje.
BRUNO CORTEZ substitui Marcelo Oliveira, Michel e Arthur jogam na cabeça-de-área nos lugares de Maicon e Walace, e Leo Moura faz o papel de Douglas.
Como o desenho tático é outro, Ramiro agora cumpre a função de Pedro Rocha…
Barrios ocupa o lugar que era de Henrique Almeida…
E Fernandinho faz o papel de Luan.
A DEFESA, portanto, é praticamente a mesma: Grohe, Edilson, Geromel (que vai jogar!) e Kannemann _ a mudança vem só na lateral esquerda.
Renato dirigiu o time por 17 partidas entre setembro e dezembro e, apesar da boa performance no “mata-mata”, sofreu 17 gols.
Este ano, sob seu comando, o time disputou 50 jogos e sofreu 40 gols.
TALVEZ esteja aí o ponto a ser atacado, e por isso Espinosa fala em coragem: Renato consegue fechar o time sem que perca a ofensividade.
São 92 gols nestes 50 jogos, com 30 vitórias e só oito derrotas.
O Botafogo de Jair Ventura não é um time tão ofensivo, mas se mostra equilibrado.
Significa ter que ser um pouco mais ousado para ao menos obrigar o adversário a jogar no seu limite.
Está será a graça do jogo…