A derrota para o time misto do Grêmio no Nílton Santos trouxe frustração aos alvinegros.
Perfeitamente compreensível.
Mas é aquela velha equação que ajusta a relação entre expectativa e realidade.
O Botafogo chegou com baixa expectativa e subiu o sarrafo entre as segunda e oitava rodadas.
Esteve perto de fechar a participação nesta primeira fase do Brasileiro bem instalado no G-4.
Isso, é claro, sem levar em conta os pontos do jogo contra o Palmeiras, ainda sub judice.
Só que a realidade do elenco não justifica grandes expectativas.
O elenco está em fase de lapidação e ainda não é o ideal para sustentar altos voos.
Eduardo Barroca tem ali 14 ou 15 que fazem o time rodar em bom nível, mas isso é pouco.
Para quem tem como meta estar entre os protagonistas do Brasileiro o número é outro.
É preciso que se tenha 18 ou 19 jogadores na disputa de uma vaga entre os onze titulares.
Porque o jogo-a-jogo desgasta o físico e o psicológico, corroendo o cognitivo e o emocional.
O que ficou claro no embate com um Grêmio quase todo reserva, mas descansado e rodado.
Desta vez, o jogo de posse bola de Barroca foi facilmente anulado pelo time de Renato.
E a vitória de 1 a 0 com gol de falta de Jean Pierre foi um prêmio à boa atuação dos gaúchos.
O sexto ou o sétimo lugar já me parecerá uma baita colocação para o Botafogo.
E mais difícil do que chegar até aqui será manter o patamar após a Copa América.
A diretoria precisará ser cirúrgica na contratação de dois ou três reforços…