A eliminação do Botafogo na Copa do Brasil, com o empate em 0 a 0, em Cuiabá, aumenta a tensão entre os alvinegros.
A dificuldade em pôr um fim na novela envolvendo a chegada de um novo treinador começa a gerar inquietação e insegurança. .
A negociação para a contratação do venezuelano César Farias, que dirige a seleção boliviana, não evolui e o trabalho de prospecção volta ao marco zero.
Como já noticiado, a Federação Boliviana exige cumprimento do contrato firmado até 2022 e condiciona a liberação de Farias ao pagamento da multa rescisória.
Como isso não está nos planos do clube, o gerente Túlio Lustosa já analisa opções de mercado à espera de um posicionamento oficial do próprio treinador.
É delicado o momento do Botafogo que neste domingo (8) enfrenta o Bahia, em Salvador.
Triste perceber que a cúpula alvinegra perdeu as rédeas e agora pressionada por torcedores que não abrem mão de ver o time dirigido por um treinador de fora.
E essa mensagem os alvinegros que ocuparam a sede de General Severiano na tarde do último sábado deixaram bem clara.
A ideia era entregar o time ao ex-vascaíno Ramon Menezes, em caso de fracasso na negociação com César Farias com quem negocia há dez dias.
Mas a reação contrária dos torcedores nas redes sociais foi constrangedora.
Tanto, que Carlos Augusto Montenegro, membro da Comissão Executiva de Futebol, e Túlio Lustosa, o gerente da pasta, se viram obrigados a rever os planos.
Analisando os fatores que levaram o Botafogo chegar nessa situação, é quase um consenso de que a saída de Paulo Autuori foi mal planejada.
Assim como foi tardia a decisão de entregar a gestão do departamento de futebol para um profissional.
Dois fatos que acabaram atrapalhando o planejamento do clube, que estimava ver o time nas quartas da Copa do Brasil.
Ainda mais depois da eliminar o Vasco, nos play-offs da terceira fase do torneio.
Autuori é um nome incensado no Botafogo.
Mesmo assim, existe certa mágoa com o técnico que achava desnecessária a contratação de um executivo no departamento depois da morte de Valdir Espinosa.
E foi justamente essa falta de liderança que influenciou na promoção de Bruno Lazaroni – para muitos, decisão precipitada e sem a devida convicção.
Ou seja: seja qual for o ângulo analisado, a conclusão é a de que falta comando em várias esferas do clube…