A diretoria do Botafogo abriu o “Manual do Rebaixamento para a Série B’, mais uma vez. A frase sempre é colocada quando um clube apresenta todos os sintomas, repetindo o que aconteceu com o próprio Botafogo e outros times.
O ano começou com o Botafogo fazendo contratações bem discutíveis, com uma campanha pífia no Estadual, onde não chegou às semifinais. Alberto Valentim caiu, durante a disputa, e Paulo Autuori foi contratado, mesmo que tenha declarado que não gostaria mais de ser técnico. O japonês Honda e o marfinense Kalou foram contratados e o grupo melhorou. Autuori classificou o Fogão para as oitavas-de-final da Copa do Brasil, mas conviveu com maus resultados na Série A do Brasileiro. Deixou o cargo em comum acordo com a direção, alegando respeito pelo Botafogo.
Sem dinheiro e com poucas opções no mercado, o Botafogo efetivou o auxiliar Bruno Lazaroni. A equipe reagiu num primeiro momento, com boas atuações. No entanto, depois de alguns tropeços, Lazaroni foi dispensado com a derrota de 1 a 0 para o Cuiabá, no primeiro confronto das oitavas. Pasmem, mas o Botafogo foi para um mata-mata decisivo com o treinador de goleiros, Flávio Tênius, comandando o elenco. Óbvio que não daria certo e o Botafogo foi eliminado com um 0x0, sem dar um chute a gol. Um fiasco.
Pressionados, os dirigentes foram do 8 ao 80, mudando o discurso e contratando Ramón Díaz. O argentino foi uma boa tentativa, mas avisou que só poderia assumir mais tarde, por questões de saúde. Ok, Emiliano Díaz, seu filho, poderia tocar o trabalho à espera do pai. Só que três derrotas consecutivas e a penúltima posição na classificação do Brasileiro, determinaram uma mudança de rumo.
Ramón Díaz foi demitido sem assumir, porque o argentino só chegaria dia 07 de dezembro e o Botafogo não poderia esperar. Eduardo Barroca foi contratado para tirar o Botafogo do Z4, tentando evitar o terceiro rebaixamento para a Série B.
Analisando friamente, o Botafogo não tem jogado mal, mas a falta de vitórias pressiona demais o elenco. A situação financeira delicada e o discurso de clube falido servem também para tumultuar o ambiente. Com 20 pontos, o Botafogo precisa de 25 pontos em 48 a disputar, numa média alta para um time que empata muito.
O blog deseja boa sorte a Barroca e torce para o Fogão não cair, mas o presidente Nelson Mufarrej está fazendo “força” para entregar o clube na Série B ao novo mandatário, Durcesio Mello.