A possibilidade de os irmãos João e Walter Moreira Salles entrarem no Botafogo do coração deles é motivo de entusiasmo e preocupação entre os torcedores do Glorioso.
Há quem veja neles o papel desempenhado por outros apaixonados que tiraram seus clubes da falência.
Por outro lado, há quem refute a ideia de o Botafogo ter dono.
Tudo ainda é muito precoce, depende de auditoria que só ficará pronta em março do ano que vem, mas uma coisa é certa: não há motivo algum para duvidar das boas intenções da dupla de irmãos.
Dificilmente se encontrarão quatro melhores mãos para ajudar o Botafogo a voltar a ser relevante no cenário nacional.
Como não há por que imaginar que tamanha generosidade possa ser a solução para os clubes brasileiros se tornarem autossustentáveis.
Ou os clubes brasileiros criam sua Liga e mudam seus modelos de gestão para adotar o modelo das Sociedades Anônimas do Futebol, ou continuarão a depender de circunstâncias.
Não se trata de futebol-raiz, de “ódio eterno ao futebol moderno” ou de bandeiras românticas do gênero.
Há uma realidade da globalização da qual não adianta fugir.