O Botafogo esteve próximo de chegar à semifinal da Copa Libertadores, em Porto Alegre.
Mas ficou pelo caminho após 90 minutos de muita entrega.
Deixou, porém, na Arena Grêmio duas certezas: a de que tem um jogo coletivo de orgulhar o futebol brasileiro.
E de que lhe faltaram opções ofensivas na reta final dos dois torneios eliminatórios que disputava com ambição.
Momento nos empurra goela abaixo a realidade ainda amarga que ajuda bastante na busca da racionalidade.
O time de Jair Ventura, forte mentalmente e fisicamente resistente, foi além do que sugeria o seu orçamento.
Ficou sem Montillo, perdeu Aírton, vendeu Camillo e se desfez de Sassá…
E, ainda assim, mesmo com poucos atacantes, talvez seja um dos mais competitivos do país na atualidade.
Não fez gol em quatro jogos de play-offs contra Flamengo e Grêmio, é certo, mas não se curvou em nenhum instante.
Deixou, inclusive, a impressão de que o desfecho foi injusto com o Botafogo na Copa do Brasil e na Libertadores.
Nesta derrota para o Grêmio, chegou a ter oito na marcação da saída para o jogo dos gaúchos, dividiu a posse _ e jogou bola!
Criou chances, obrigou Renato a mudar a formação gremista já no primeiro tempo, mandou bola na trave…
Teve um papel digno, sendo superado por um Grêmio igualmente bem treinado e com eficientes ideias de jogo.
Um time que, mesmo com desfalques, teve mais posse de bola nos dois jogos e não temeu suas próprias mazelas.
Botafogo e Grêmio podem não ser os dois melhores times do Brasil na atualidade _ até creio que não sejam.
Acho difícil, no entanto, haver quem os supere em auto-estima…