Se o sistema defensivo alvinegro tem funcionado com louvor, o mesmo não se pode dizer da produção ofensiva do Botafogo. Seja pelas inúmeras chances de gol desperdiçadas – principalmente nos últimos jogos, contra Flamengo e Santos – ou pela baixa produção dos atacantes neste começo de Brasileirão, o time não balançou as redes nos últimos dois jogos e liga agora o sinal de alerta.
No clássico contra o Flamengo, Roger foi quem teve a chance do jogo, de frente para Muralha, tendo desperdiçado. Diante do Santos, foi a vez de Rodrigo Pimpão, que saiu de frente para Vanderlei e acabou tocando errado. Teriam sido dois 0 a 0, se não fosse a cobrança tardia de Victor Ferraz no Pacaembu.
E as chances perdidas acabam fazendo falta no Brasileirão. Nos cinco primeiros jogos, o Botafogo balançou as redes apenas três vezes, sendo elas nos dois jogos disputados em casa. Para piorar, nenhum destes tentos foi marcado por um atacante do time, com os volantes-meias responsáveis pelos gols feitos.
Contra o Santos, o time se comportou como fora nos últimos jogos: postado de forma firme atrás e explorando as situações de contra-ataque, que acabaram não sendo aproveitadas. Jair Ventura citou a “frustração” pelos gols perdidos.
– Futebol não é merecimento. O empate seria mais justo, e você acaba tomando gol nos acréscimos. Fica aquela frustração pelo rendimento. Você vem para um jogo contra o Santos com nove meninos da base, isso tem um preço. No Brasileiro você tem que ser cirúrgico, hoje nós não fomos, o Santos foi e conseguiu a vitória – afirmou o técnico do Botafogo na coletiva pós-jogo.
Nos últimos dez jogos, o Botafogo balançou as redes sete vezes. Se na Copa Libertadores e Copa do Brasil o ataque foi decisivo pelas classificações – com gols de Pimpão e Roger – no Brasileirão o time desperdiça chance de começar no bloco de cima com a falta de eficácia do setor de frente nas cinco partidas.
