O garoto cresceu e apareceu, mas o Botafogo o mantém sob forte vigilância. Todo cuidado é considerado pouco quando o assunto é Vitinho. A diretoria não quer correr o risco de desperdiçar uma das maiores revelações do clube nos últimos anos. Por isso, todos adotam a cautela quando falam sobre a grande fase vivida pelo meia de 19 anos, autor de dois gols no empate de 3 a 3 com o Inter na quinta-feira.
Vitinho é o xodó do elenco alvinegro
Atento à evolução do camisa 31, o técnico Oswaldo de Oliveira tenta transmitir tranquilidade para que ele possa conviver tranquilamente com uma possível irregularidade, comum aos jovens jogadores.
“Só quero acalmá-lo porque sabemos que as alternâncias acontecem. O exemplo do Vitinho não é único, tivemos vários jogadores que passaram por isso. Instabilidade e dúvida sempre vão acontecer, porque o que move o futebol são os resultados. Vitinho tem muitas qualidades, é inegável, mostrou na quinta-feira da melhor maneira. Nossa intenção é que não oscile, permaneça equilibrado e acertando o alvo”, disse o treinador, destacando o amadurecimento de Vitinho.
“O trabalho com ele vem desde o ano passado e veio amadurecendo, ganhando credibilidade e confiança. Essas coisas conjugadas estão dando a ele participação muito mais competitiva. Hoje, destacamos o Vitinho não só no ataque, vemos mérito também defendendo. Isso deu confiança para ele crescer ofensivamente”, explicou.
ELOGIOS DO ‘PAIZÃO’ SEEDORF
Quem começou com a superproteção, quase paternal, foi Seedorf. Desde que Vitinho começou a ganhar chances, o craque sempre deu a ele uma atenção especial durante treinos e jogos. Não faltaram também puxões de orelha e reclamações. Como um pai coruja, o holandês soube reconhecer a grande atuação de Vitinho na última partida e rasgou elogios ao garoto.
“O Vitinho foi maravilhoso. O que tenho feito por ele é o que o treinador tem feito por mim e pelo grupo. É uma troca. Oriento o que o professor pede, porque em campo é mais fácil para mim do que para ele. Ele fez a melhor partida dele” disse Seedorf.
