De volta ao Botafogo, Eduardo Barroca terá seu primeiro jogo neste sábado, contra o Flamengo, no Estádio Nilton Santos, mas não poderá ir por estar com Covid-19. No time armado pelo treinador, as principais novidades são no ataque, com Rhuan, Bruno Nazário e Pedro Raul mais avançados.
Para o comentarista Raphael Rezende, o uso do meia Bruno Nazário aberto pela direita é um indicativo.
– Acho curioso, mas compreensível no modelo do Barroca, é que também coloca o Nazário partindo do lado do campo. Isso já denota o que é escassez de opções válidas mesmo, de jogadores competitivos, que dão resposta no Brasileiro, para atuarem pelos lados. Se o desenho tiver Rhuan e Nazário, estamos falando de equipe que dificilmente vai jogar com bloco baixo, dentro do próprio campo, esperando para contra-atacar. O campo vai ficar gigantesco, ninguém com característica de fazer a bola chegar rápido. É uma dor de cabeça pela montagem do elenco, pela venda do Luis Henrique e liberação por empréstimo do Luiz Fernando para o Grêmio. Um pela qualidade, outro pela característica e adaptação. O Botafogo pena muito nesse sentido – disse Raphael Rezende.
– Além, claro, das mudanças de treinador, dificuldade nos salários, questão da S/A, muita coisa pesando e influenciando no desempenho bem abaixo da crítica no Campeonato Brasileiro – acrescentou.
O ex-jogador Paulo Nunes também tem curiosidade com o Botafogo de Eduardo Barroca, pelas dificuldades ofensivas do treinador e do time.
– Barroca sempre foi um treinador que gostou muito do esquema de ter a bola, a dificuldade é o último terço de campo, ser mais agressivo, talvez por características dos jogadores. O Botafogo não tem jogadores agressivos, de velocidade, vai muito no jogo apoiado, de transição não tão rápida – avaliou.
– É um elenco limitado em relação à quantidade e qualidade. Joga o Bruno Nazário na direita, tem tendência de vir por dentro, não tem muita intensidade, tem bom passe. Rhuan marca muito mais do que joga. No meio não tem muita intensidade, velocidade, troca de passes rápidos. Vai tentar ter a bola até quando se ela não chega na frente? – ponderou Paulo Nunes.