Astros internacionais, badalados quando de suas contratações, Honda e Kalou ainda não renderam o esperado no Botafogo. No podcast “A mesa”, do site “GE”, o japonês e o marfinense foram alvo de debate.
Para Maurício Noriega, o Botafogo acreditou que traria um novo Seedorf.
– O Botafogo entrou nessa questão de jogador estrangeiro, todo ano quer encaixar o Seedorf. Não é assim. Talvez não fosse a necessidade do Botafogo contratar Honda e Kalou, talvez fosse melhorar encorpar o elenco para a real necessidade. O time não é ruim, repito, mas é inseguro, preocupado, tenso em campo. A montagem do elenco é fundamental, errou no começo se complica no meio do caminho – afirmou Noriega.
André Rizek comentou sobre Seedorf e traçou as diferenças entre o holandês e Honda.
– Seedorf era tão líder que a liderança dele incomodava. Chegou a pedir ao presidente Mauricio Assumpção para mudar o hino do Botafogo, não entendia falar que não pode perder, tinha que falar em ganhar. Conseguiu mudar a alimentação após os jogos, os jogadores tinham que consumir carboidratos imediatamente, infernizou a diretoria, o Botafogo fez parceria com rede de massas. Seedorf se metia em tudo – lembrou.
– Honda é o contrário, paga para não se meter. Deixou Victor Luis bater pênalti contra o Ceará, no último lance contra o Flamengo a falta era para ele, simplesmente não fez esforço. Kalou chegou lá e bateu. Essa postura do Honda gera incômodo no Botafogo. Era para ser o líder técnico e de comportamento, abre mão de tudo. Abre mão de exercer a liderança. O Botafogo vai buscando jogador internacional, líder, mas Seedorf é Seedorf e Honda é Honda. É uma decepção esse comportamento do Honda, de abrir mão de bater até pênalti – reclamou Rizek.
O comentarista Paulo Vinícius Coelho não se espanta com a fase de Honda e Kalou.
– Honda não brilhou no Milan, fez 13 jogos no Vitesse, por que daria certo aqui? Ainda ajuda mais que o Kalou. Esse jogou cinco partidas na última Bundesliga, sendo quatro saindo do banco. Por que vou acreditar que vai dar certo? O que fez até agora? Não funcionou. Entre manter o Luis Henrique ou contratar o Kalou, era muito melhor manter o Luis Henrique. Mas não era jogador do Botafogo, era do Sandro Becker – completou PVC, referindo-se ao empresário dono do TAC (RS).
