Um teve maratona, outro férias. Um teve diversas mudanças de elenco, o outro uma estabilidade. Um manterá o que puder da escalação do jogo de ida, o outro deve fazer diversas mudanças. Botafogo e Nacional do Uruguai se enfrentam amanhã no Estádio Nilton Santos em situações quase opostas.
No Alvinegro, os 35 dias que separam o jogo de ida e o de volta das oitavas de final da Libertadores foram alguns dos mais movimentados da temporada: chegaram Leo Valencia e Brenner, saíram Camilo e Pachu.
Dentro de campo, o clube se classificou para a semifinal da Copa do Brasil, contra o Flamengo, após vitória acachapante sobre o Atlético-MG, e se manteve estável no Brasileiro mesmo usando times alternativos em algumas rodadas. Ao todo, disputou nove partidas desde 6 de julho: uma média de pouco mais de uma a cada quatro dias. É o retrato de um ano ocupado, em que o time completará 50 jogos no ano amanhã.
— Muita coisa aconteceu, no futebol isso existe, mas o nosso foco sempre se manteve o mesmo. Este ano inteiro está sendo muito positivo para nós — disse Victor Luis.
Para o Nacional, as coisas foram quase opostas. Desde que perdeu para o Botafogo em Montevidéu, o clube uruguaio jogou apenas duas partidas oficiais. A última foi no dia 16 de julho, há quase três semanas, pela última rodada do campeonato uruguaio.
Para não perder ritmo de jogo, o time disputou dois amistosos: um empate contra o Boca Juniors (1 a 1 dia 31 de julho) e uma vitória por 3 a 2 sobre o Banfield, na quinta-feira passada.
ESCALAÇÕES DEVEM MUDAR
Em trinta e cinco dias, elencos mudam, jogadores se machucam e voltam de contusão, uns ganham e outros perdem vaga. Não poderia ser diferente no duelo entre Botafogo e Nacional, amanhã.
O Alvinegro deve ter uma escalação parecida com a do primeiro jogo. Uma das dúvidas é na lateral-direita. Arnaldo continua em fase de transição após lesão na coxa direita e tem poucas chances de ir a campo amanhã. Emerson Santos e Luis Ricardo são os favoritos para substituí-lo.
Na zaga, a dúvida é pelo lado esquerdo. Emerson Silva foi titular no Parque Central, mas agora disputa a vaga com Igor Rabello.
No gol, a dúvida não é exatamente quem será titular — Gatito é quase certo — mas quem será o reserva. Jefferson já treina regularmente há algum tempo, mas o clube não informa se o departamento médico o liberou para este jogo.
O Nacional deve fazer ao menos três mudanças: Aguirre, atacante e craque do time, volta amanhã no lugar de Hugo Silveira. O zagueiro Garcia deve dar lugar a Rogel. E o Romero, que saiu do clube, deve ser substituído por Arismendi.