Ponto forte do Botafogo na temporada, o meio-campo de quatro volantes não conseguiu colocar o ataque em posição de perigo contra o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil. Jogador que fez a torcida esquecer as ausências de Montillo e Camilo, João Paulo foi um dos mais apagados no confronto.
— O Botafogo é um time essencialmente reativo. Isso significa que é um time que procura sempre reagir aos ataques do adversário, seja contra-atacando, seja marcando lá em cima, buscando roubar uma bola. O Flamengo conseguiu neutralizar justamente essa roubada — analisou Leonardo Miranda, autor do blog Painel Tático no Globoesporte.com. — A queda (de João Paulo) tem a ver com essa roubada. Por ser um jogador com muita qualidade no passe e na virada de jogo, o futebol dele só aparece assim. Quando o Botafogo precisa atacar, avançar até o campo do adversário, não tem tantas jogadas assim.
Para o jornalista Carlos Eduardo Mansur, o posicionamento rubro-negro foi a chave para apagar João Paulo.
—O Flamengo se posicionou defensivamente para cortar o fluxo natural das jogadas do Botafogo. O time, em geral, busca o passe diagonal para as pontas na hora de contragolpear. O Flamengo fechou os espaços. Isso atrapalhou muito o jogo dos passadores, como João Paulo.