Foi o quarto empate do Botafogo no Brasileiro, o terceiro jogando em casa.
O terceiro contra equipes da Região Nordeste.
Primeiro, foi o o 1 a 1 da estreia contra o Palmeiras, no Nílton Santos.
Depois 1 a 1 com Sport, na segunda rodada.
Mais tarde, o terceiro 1 a 1, com o Vitória, na sétima.
E este 0 a 0, agora, com o Ceará, pela décima.
Nos três empates no Nilton Santos, um fato em comum: a falta de lucidez.
O time de Alberto Valentim ainda mostra desconforto com o protagonismo.
O futebol exibido é mais superação do que de inspiração.
A ausência de um bom articulador dificulta a armação e gera ansiedade.
Na fase ofensiva, busca-se o lado e tome cruzamentos sobre a área.
No jogo desta quarta-feira, foram 35 _ dos quais 27 foram errados.
Por isso, talvez, a torcida comece a se impacientar com o treinador.
Com quatro meses de trabalho e um título ganho, a expectativa é maior do que a entrega.
Fato que já deve incomodar até o próprio treinador.
Embora Lindoso e Valencia se esforcem para assumir relevância, ainda não há, entre meio e ataque, uma referência confiável.
Valentim, neste jogo, tentou fazer a ligação com o ataque apostando em João Pedro e Aguirre.
Mas gosto mais do time com Renatinho e Luiz Fernando.
Fica mais vertical e insinuante _ talvez, até, mais pensado.
O Ceará de “Lisca Doido”, lanterna do Brasileiro, deu trabalho.
Imprimiu correria e intensidade.
E teve, inclusive, um pênalti pouco discutível a seu favor e ignorado por Leandro Vuadem.
As vaias dos torcedores retratam uma certeza: o estrago poderia ter sido maior.
Valentim que abra os olhos…